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TÊNIS
Inquérito apura denúncia da oposição de que CBT não recolheu INSS e FGTS
PF investiga confederação por prática de evasão fiscal
EDUARDO OHATA
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Federal abriu inquérito para apurar denúncia de que a
Confederação Brasileira de Tênis
praticou evasão fiscal -a entidade não teria depositado FGTS e
INSS de funcionários e árbitros.
A notícia-crime havia sido enviada ao Ministério Público pela
Federação Catarinense de Tênis,
que lidera o Movimento Tênis
Brasil, cujo objetivo é substituir a
atual direção da confederação.
O documento responsabiliza
pelos supostos crimes o presidente da CBT, Nelson Nastás, e também o superintendente da entidade, Carlos Alberto Martelotte.
Em março, policiais civis cumpriram mandado de busca e
apreensão, recolheram documentos e fizeram cópias de arquivos
nos computadores da sede da entidade, em São Paulo.
O inquérito instaurado no 27º
DP investiga Nastás, o ex-vice-presidente jurídico e atual advogado da confederação, Antonio
Jurado Luque, o contador Theo
Ferreira de Carvalho e o presidente da Federação Paulista de Tênis,
Raul Cilento, de formação de quadrilha e falsidade ideológica.
Além disso, em junho, dois ex-funcionários da entidade denunciaram que Nastás e Martelotte
estavam utilizando recursos da
confederação para o pagamento
de contas pessoais, como cartão
de crédito e TV a cabo.
A nova denúncia dá conta de
que a CBT teria deixado de depositar o Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço de pelo menos
dois funcionários, Adriana da Silva Campos e Gustavo Lima Brod.
Segundo depoimento prestado
por Adriana no 27º DP, foram recolhidos impostos apenas durante um período, mas que, no mínimo há um ano, não é feito nenhuma espécie de recolhimento.
Quanto à questão do Instituto
Nacional do Seguro Social, foi
apontado que ela se refere aos árbitros, pagos mediante assinatura
de recibos. A confederação, segundo a denúncia, discrimina o
valor do INSS a ser retido pela
fonte, porém não repassa tal valor
ao órgão, apropriando-se da contribuição previdenciária.
O inquérito na PF conturba ainda mais o tênis brasileiro, que de
24 a 26 deste mês define contra o
Peru se segue na segunda divisão
ou é rebaixado para a terceira da
Copa Davis. De 1997 a 2003, o Brasil figurou no grupo de elite.
A crise da CBT, que ainda não
realizou assembléia de prestação
das contas de 2003, tem reflexo direto na quadra, já que os principais jogadores do país, liderados
por Gustavo Kuerten, decidiram
boicotar a Davis enquanto Nastás
seguir no comando da CBT.
O atual presidente, que tem
mandato até dezembro, chegou a
anunciar que anteciparia a eleição
em duas oportunidades, para
maio e julho, em uma tentativa de
evitar o boicote na competição,
mas não cumpriu o que disse.
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