São Paulo, quinta-feira, 08 de setembro de 2011

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JUCA KFOURI

São Paulo a mil


No milésimo jogo de Rogério Ceni, a vitória que valeu a liderança mesmo que se por um dia


ROGÉRIO CENI completou 21 anos de São Paulo FC com sua milésima atuação no gol tricolor. (Gostaria de ser apresentado a algum outro atleta que tenha situação idêntica em seu currículo.)
E numa tarde luminosa na Pauliceia e com o Morumbi -que quase foi batizado com o nome dele por um dia, algo que deverá ser feito na despedida, com tempo suficiente para a retirada do letreiro com o nome de Cícero Pompeu de Toledo- lotado, Rogério teria de sair vitorioso do gramado, para poder curtir integralmente a festa.
Mais de 63 mil torcedores viram o São Paulo começar a 1000 por hora o jogo 1000 de seu maior ídolo e se assustaram com o empate do Galo, que não poderia perdurar.
Como não perdurou, porque, se a esperança Lucas abriu o placar, o discutido Dagoberto fechou com um golaço para definir o 2 a 1 que, além de permitir que o goleiro não tivesse nada a empanar sua comemoração, deu a liderança ao São Paulo, mesmo que venha a ser apenas neste inesquecível 7 de setembro para a gente são-paulina, outra vez soberana em casa, mesmo que por um dia.
Rogério nada pôde fazer no gol do Galo, mas interveio com a cabeça uma vez, saiu muito com os pés noutra e ainda fez uma defesa de goleiro propriamente dito. Coisa que, é claro e sabido, ele não é, por ser mais.
Como mais e mais dá gosto ver o novo vice-líder, o Botafogo, de futebol mais vistoso neste momento no Brasileirão. Que começa a ter uma cara nova, graças à queda de Corinthians e Flamengo.

EMPATE?
Corinthians x Flamengo, Pacaembu lotado, as duas nações mais populares do país, tudo para um jogão, com Ronaldinho Gaúcho em campo.
Pena que os alvinegros passaram os dias depois da derrota no domingo falando mais de crise do que de futebol para identificar os problemas do time, que não são poucos.
E pena que os rubro-negros passaram os dias depois da derrota no domingo falando mais de pum do que de futebol para identificar os problemas do time, que tampouco são poucos.
Se alguém vencer, os problemas do vencedor não estarão resolvidos, mas será como se estivessem.
Se alguém perder, os problemas serão provavelmente superdimensionados.
E o empate deixará tudo como está, sem cheirar, mas, pelo menos, sem feder.

blogdojuca@uol.com.br


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