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GINÁSTICA ARTÍSTICA
Até hoje, país nunca levou mais de um ginasta
Brasil inicia disputa por mais de uma vaga em Sydney-2000
da Reportagem Local
A solidão persegue as ginastas
brasileiras em Olimpíadas. Nas
cinco oportunidades em que esteve representado, o Brasil só conseguiu emplacar um atleta.
Quebrar essa escrita é a meta da
equipe (seis atletas) brasileira que
na madrugada de amanhã estréia
no 34º Mundial de ginástica artística, em Tianjin, na China.
Trinta e nove países participam
da disputa por equipes feminina,
no primeiro dia do campeonato.
O sexteto nacional é praticamente o mesmo que foi bronze no
Pan (Daiane dos Santos, 17, Danielle Hypólito, 15, Heine Araújo,
15, Marília Gomes, 17, e Camila
Comin, 16). Contundida, Patrícia
Aoki deu lugar a Stéfani Salani.
Pelas regras da FIG (Federação
Internacional de Ginástica), as 12
equipes mais bem colocadas vão
para Sydney-2000 e, automaticamente, asseguram vaga nos Jogos
nas provas individuais.
"Quando nós chegamos, pensávamos que tínhamos nível para
entrar nesse grupo. Hoje, sei que é
impossível", disse Vicélia Florenzano, presidente da Confederação
Brasileira de Ginástica.
Florenzano afirmou ter chegado à essa conclusão há dois dias,
quando ocorreu o chamado "treino de pódio", com todas as rivais,
no local de competição. "Temos
um bom time, mas Romênia,
Rússia, esses países tradicionais,
têm ginastas maravilhosas."
Mesmo obter vagas em Sydney
para duas atletas -concedidas
aos países que ficarem entre 13º e
18º lugares na prova por equipes- é um plano ambicioso.
"Se o Mundial fosse hoje (ontem ), terminaríamos em 22º. Não
é um chute. Foi essa a avaliação
feita pelas duas arbitras brasileiras que são do quadro da FIG",
disse Florenzano. "Para conseguirmos as duas vagas, o primeiro
passo é não errar. Depois, a gente
conta com os erros dos outros."
"A rotina tem de ser limpa, a
gente tem de acertar", faz coro o
técnico Ricardo Pereira, que divide o comando do feminino com a
ucraniana Irina Ilyashenko e a
bielo-russa Valéria Lakerbai.
Na competição por equipes do
Mundial, os atletas cumprem rotinas em quatro aparelhos, para a
disputa feminina, e em seis, para a
masculina.
O ginasta pode ser indicado para atuar só em suas especialidades
-Daiane dos Santos, por exemplo, tem melhor desempenho no
solo e no salto sobre o cavalo. Mas
se fizer isso, não consegue pontos
para disputar o título individual.
No masculino, por conta de um
índice mínimo estabelecido pela
própria confederação brasileira,
apenas três atletas estão no Mundial: Mosiah Rodrigues, Kléber
Sato e Charley Malrwschik.
Com isso, estão eliminados de
antemão da disputa por equipes.
Eles se apresentarão junto com os
outros times, mas terão notas
computadas somente para a competição individual.
Ainda assim, no masculino, o
Brasil pode chegar à Olimpíada
-como nas últimas cinco edições. Tentaria uma vaga que leva
em conta a performance individual em torneios continentais
-neste caso, a do Pan deste ano.
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