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FUTEBOL
Equipe cede empate ao Paraná, e organizada pede a saída do treinador
Torcida chama Estevam de burro em 1 a 1 do Palmeiras
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
O caminho "mais fácil" do Palmeiras para a Libertadores da
América começou bem difícil.
Ontem à noite, no Parque Antarctica, o time empatou por 1 a 1
com o Paraná, clube ameaçado
pelo rebaixamento, e a torcida se
revoltou com o técnico Estevam
Soares. Ele foi chamado de burro
pelos torcedores após o empate
do rival no segundo tempo.
A Mancha Alviverde, principal
torcida organizada do clube, pediu a saída do treinador. "Isso é
normal. Quando as coisas não vão
bem sempre sobra para o treinador", afirmou, abatido, o técnico
enquanto deixava o gramado.
"O time não jogou bem e não
mereceu vencer", reconheceu.
O empate deixou os palmeirenses com 56 pontos, em sexto lugar
no Brasileiro. Nas 11 rodadas restantes, a equipe enfrentará sete
equipes que brigam para fugir da
segunda divisão (Guarani, Flamengo, Paysandu, Grêmio e Botafogo) ou que freqüentam a zona
intermediária na tabela do torneio (Figueirense e Criciúma).
Antes disso, porém, o time terá
um desafio mais difícil: o Juventude, adversário direto pela vaga na
Taça Libertadores, em Caxias do
Sul, na próxima rodada.
O Palmeiras, com Pedrinho no
meio e Renaldo ao lado de Osmar
na frente, tinha dificuldade para
superar o forte bloqueio armado
pelos paranaenses, que atuaram
com um só atacante, Galvão.
Para tentar desfazer a retranca
paranaense, o time recorria aos
lançamentos e cruzamentos,
principalmente com seus dois laterais, Baiano e Lúcio. E foi dos
pés do primeiro que saiu o gol.
Aos 12min, Correa, que voltou
ao time após ter sido afastado pelo presidente Mustafá Contursi,
ajeitou para Baiano, que chutou
forte para abrir o placar.
Nem mesmo após o gol o Paraná alterou sua postura em campo.
Dessa forma, os palmeirenses
continuaram apostando no jogo
pelos lados. E na bola parada.
Mas, sem inspiração, não teve
sucesso. E quase foi surpreendido
pelo rival no final do primeiro
tempo. Galvão chutou cruzado,
mas Sérgio fez boa defesa.
Na etapa final, o Paraná resolveu sair da toca. E quase fez, com
Galvão, que cabeceou na trave. O
Palmeiras continuava sem criatividade, e Renaldo foi substituído
por Kahê. Mas foi o Paraná quem
assustou de novo, com Fernando
Lombardi, em nova cabeçada.
Os palmeirenses pareciam querer segurar o resultado e foram
castigados pela apatia. Aos
29min, Etto tabelou com Beto pela direita e tocou na saída de Sérgio. Após o gol, Estevam mudou o
time. Tirou o volante Claudecir e
colocou o meia Diego Souza. Foi
hostilizado pelos torcedores.
A torcida só deu trégua ao técnico quando ele sacou Lúcio, outro
perseguido, para colocar o atacante Zé Eduardo. Mas por apenas cinco minutos. Logo o coro de
"burro" voltou a ecoar no estádio.
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