São Paulo, quinta-feira, 08 de novembro de 2007

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São Paulo perde, e zaga amarga o inédito 2º gol

Pela 1ª vez no Brasileiro, defesa é vazada duas vezes, uma delas por Breno, contra

Juventude 2
São Paulo 0

DA REPORTAGEM LOCAL

A menina-dos-olhos dos pentacampeões brasileiros decepcionou na noite de ontem, em Caxias do Sul. Jogando de forma relaxada, o São Paulo perdeu para o Juventude a primeira partida depois de vestir a faixa desta edição do Nacional.
Não bastasse ser derrotado pelo 19º colocado do torneio, o time paulista ainda viveu um fato inédito neste campeonato: pela primeira vez, teve sua meta vazada duas vezes pelo rival.
"O time não jogou bem. Foi apático e não trocou três passes certos consecutivos. Mas é assim mesmo. Já somos campeões, e é normal o time relaxar um pouco", justificou Júnior, a "surpresa" de Muricy na ala -esperava-se que Jadilson ganhasse nova oportunidade. "Só acho que, se o Juventude jogasse assim sempre, não estaria onde está hoje [zona de descenso]", completou.
A fim de poupar alguns jogadores para a partida contra o Grêmio, no próximo domingo, no Morumbi, Muricy optou por colocar aqueles jogadores que precisavam de chances para estar no time em 2008.
Os estreantes Danilo Silva e Sérgio Mota ganharam a oportunidade de começar a partida, assim como Bosco e Fernando, que substituíram Rogério e Hernanes, respectivamente. Os novatos, no entanto, não brilharam na primeira avaliação como titulares da equipe.
Sérgio Mota porque não correspondeu ao esperado. Considerado por muitos são-paulinos como camisa 10 de futebol vistoso, o jovem meia de 17 anos foi discreto: tocou 12 vezes na bola no período em que esteve em campo. Acertou oito passes e errou quatro, sem chutar contra a meta de Michel Alves.
Sem ter acesso aos números, mas de olhos bem atentos ao novo pupilo, Muricy, que passou toda a etapa inicial sentado no banco de reservas, sacou o menino logo após o intervalo da partida. Colocou Leandro.
Mas, antes disso, o técnico são-paulino teve de ver seu outro estreante errar.
O zagueiro Danilo Silva foi expulso ainda no primeiro tempo, após dois cartões amarelos.
Diferentemente das outras partidas, Muricy não se exaltou. Continuou sentado no banco acompanhando a partida, sem gritos, sem gesticular com os jogadores, sem bufar.
O São Paulo pouco fez nos primeiros 45 minutos. De 8 finalizações, acertou 3.
Já o time de Beto Almeida, desesperado por ocupar a zona de rebaixamento, lançou-se freneticamente ao ataque.
Os gaúchos dispararam nove vezes contra a meta de Bosco. Acertaram uma. E que acerto.
Bruno rolou a bola da direita para o meio da área, e a zaga são-paulina não cortou. Renato, atento ao lance, encheu o pé esquerdo, sem chances para o goleiro Bosco: 1 a 0.
Na segunda etapa, além de Leandro, Muricy colocou Aloísio em campo para dar mais movimentação ao ataque, sacando o inoperante Borges.
Mas foi o Juventude quem marcou novamente. E contra o melhor sistema defensivo deste Nacional, teve o auxílio de um beque campeão para ampliar.
Porque foi de Breno, prodígio do time paulista e pretendido por clubes como Real Madrid (ESP) e Bayern (ALE), o segundo tento dos gaúchos, contra, após cobrança de escanteio.
No fim, Júnior arrancou da esquerda e chutou encobrindo Michel Alves. Marcelo Costa tirou embaixo da trave, e os são-paulinos reclamaram muito, pedindo gol ao juiz Edilson Ramos da Mata, de MT.
O torneio não tem mais grande importância para os paulistas, ao contrário dos gaúchos. O Juventude pega agora o Atlético-MG, fora de casa, em nova luta contra o rebaixamento.


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