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São Paulo perde, e zaga amarga o inédito 2º gol
Pela 1ª vez no Brasileiro, defesa é vazada duas vezes, uma delas por Breno, contra
Juventude 2
São Paulo 0
DA REPORTAGEM LOCAL
A menina-dos-olhos dos
pentacampeões brasileiros decepcionou na noite de ontem,
em Caxias do Sul. Jogando de
forma relaxada, o São Paulo
perdeu para o Juventude a primeira partida depois de vestir a
faixa desta edição do Nacional.
Não bastasse ser derrotado
pelo 19º colocado do torneio, o
time paulista ainda viveu um
fato inédito neste campeonato:
pela primeira vez, teve sua meta vazada duas vezes pelo rival.
"O time não jogou bem. Foi
apático e não trocou três passes
certos consecutivos. Mas é assim mesmo. Já somos campeões, e é normal o time relaxar
um pouco", justificou Júnior, a
"surpresa" de Muricy na ala
-esperava-se que Jadilson ganhasse nova oportunidade. "Só
acho que, se o Juventude jogasse assim sempre, não estaria
onde está hoje [zona de descenso]", completou.
A fim de poupar alguns jogadores para a partida contra o
Grêmio, no próximo domingo,
no Morumbi, Muricy optou por
colocar aqueles jogadores que
precisavam de chances para estar no time em 2008.
Os estreantes Danilo Silva e
Sérgio Mota ganharam a oportunidade de começar a partida,
assim como Bosco e Fernando,
que substituíram Rogério e
Hernanes, respectivamente. Os
novatos, no entanto, não brilharam na primeira avaliação
como titulares da equipe.
Sérgio Mota porque não correspondeu ao esperado. Considerado por muitos são-paulinos como camisa 10 de futebol
vistoso, o jovem meia de 17
anos foi discreto: tocou 12 vezes
na bola no período em que esteve em campo. Acertou oito passes e errou quatro, sem chutar
contra a meta de Michel Alves.
Sem ter acesso aos números,
mas de olhos bem atentos ao
novo pupilo, Muricy, que passou toda a etapa inicial sentado
no banco de reservas, sacou o
menino logo após o intervalo da
partida. Colocou Leandro.
Mas, antes disso, o técnico
são-paulino teve de ver seu outro estreante errar.
O zagueiro Danilo Silva foi
expulso ainda no primeiro tempo, após dois cartões amarelos.
Diferentemente das outras
partidas, Muricy não se exaltou. Continuou sentado no
banco acompanhando a partida, sem gritos, sem gesticular
com os jogadores, sem bufar.
O São Paulo pouco fez nos
primeiros 45 minutos. De 8 finalizações, acertou 3.
Já o time de Beto Almeida,
desesperado por ocupar a zona
de rebaixamento, lançou-se
freneticamente ao ataque.
Os gaúchos dispararam nove
vezes contra a meta de Bosco.
Acertaram uma. E que acerto.
Bruno rolou a bola da direita
para o meio da área, e a zaga
são-paulina não cortou. Renato, atento ao lance, encheu o pé
esquerdo, sem chances para o
goleiro Bosco: 1 a 0.
Na segunda etapa, além de
Leandro, Muricy colocou Aloísio em campo para dar mais
movimentação ao ataque, sacando o inoperante Borges.
Mas foi o Juventude quem
marcou novamente. E contra o
melhor sistema defensivo deste
Nacional, teve o auxílio de um
beque campeão para ampliar.
Porque foi de Breno, prodígio
do time paulista e pretendido
por clubes como Real Madrid
(ESP) e Bayern (ALE), o segundo tento dos gaúchos, contra,
após cobrança de escanteio.
No fim, Júnior arrancou da
esquerda e chutou encobrindo
Michel Alves. Marcelo Costa tirou embaixo da trave, e os são-paulinos reclamaram muito,
pedindo gol ao juiz Edilson Ramos da Mata, de MT.
O torneio não tem mais grande importância para os paulistas, ao contrário dos gaúchos. O
Juventude pega agora o Atlético-MG, fora de casa, em nova
luta contra o rebaixamento.
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