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BASQUETE
Após José Medalha, dirigente do Rio se diz na disputa pela presidência
Oposição articula novo nome à CBB
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A eleição à presidência da Confederação Brasileira de Basquete
só será em maio, mas dois nomes
já articulam candidaturas de oposição a Gerasime Bozikis, o Grego,
atual mandatário da entidade.
Hélio Barbosa, presidente do
Conselho Deliberativo do Grajaú
(RJ), que já elaborou um documento com suas propostas para o
basquete, entrou na disputa.
Ele se junta a José Medalha, que
lançou sua candidatura há alguns
meses e mantém um site na internet em que expõe suas idéias
(www.mudacbb.com.br).
Ligado ao ex-presidente da
CBB, Renato Brito Cunha, Barbosa marcou reunião com dirigentes
de 13 federações -AC, AM, PA,
PI, TO, CE, AL, SE, PE, MG, GO,
RJ e DF foram convidados- para
apresentar seu projeto. O encontro será em Brasília, no domingo.
"Estamos insatisfeitos com os
rumos da CBB. Os torneios de base estão abandonados, e o Brasil
não se classificou para a Olimpíada pela segunda vez seguida. É
preciso mudar", afirma Barbosa.
Outro dirigente, Carlos Nunes,
presidente da federação do RS,
chegou a esboçar sua candidatura. Ele se reuniu com dirigentes de
12 Estados, mas não conseguiu o
apoio que pretendia. Aparentemente, desistiu da disputa.
Para inscrever uma chapa, é necessária a indicação de pelo menos duas federações estaduais. Os
candidatos têm que apresentar
seus nomes até o mês que vem,
quatro meses antes do pleito.
Até lá muita coisa pode mudar.
Barbosa conta que pretende procurar o apoio de Medalha. O treinador afirma que está aberto ao
diálogo, mas não irá abrir mão de
inscrever sua chapa.
"É importante que o movimento que iniciei tenha repercussão.
Outras pessoas também estão se
mostrando descontentes."
O problema para Barbosa será
obter o apoio das federações do
Sul, que estariam comprometidas
com Nunes ou com Grego. E a federação paulista -a mais poderosa- continua com a situação.
"Não vejo um nome capaz de
derrotá-lo. Por isso continuo com
o Grego", diz Toni Chakmati, presidente da FPB, que informa que
não ocupará mais cargo na confederação. "Já avisei que não continuo como vice de relações internacionais. Nunca fico sabendo de
nada que acontece", reclama.
Procurado pela Folha, Grego
disse, por meio de sua assessoria
de imprensa, que aguarda a inscrição das chapas e ainda não faria comentários sobre as eleições.
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