São Paulo, quarta-feira, 08 de dezembro de 2004

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BASQUETE

Após José Medalha, dirigente do Rio se diz na disputa pela presidência

Oposição articula novo nome à CBB

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A eleição à presidência da Confederação Brasileira de Basquete só será em maio, mas dois nomes já articulam candidaturas de oposição a Gerasime Bozikis, o Grego, atual mandatário da entidade.
Hélio Barbosa, presidente do Conselho Deliberativo do Grajaú (RJ), que já elaborou um documento com suas propostas para o basquete, entrou na disputa.
Ele se junta a José Medalha, que lançou sua candidatura há alguns meses e mantém um site na internet em que expõe suas idéias (www.mudacbb.com.br).
Ligado ao ex-presidente da CBB, Renato Brito Cunha, Barbosa marcou reunião com dirigentes de 13 federações -AC, AM, PA, PI, TO, CE, AL, SE, PE, MG, GO, RJ e DF foram convidados- para apresentar seu projeto. O encontro será em Brasília, no domingo.
"Estamos insatisfeitos com os rumos da CBB. Os torneios de base estão abandonados, e o Brasil não se classificou para a Olimpíada pela segunda vez seguida. É preciso mudar", afirma Barbosa.
Outro dirigente, Carlos Nunes, presidente da federação do RS, chegou a esboçar sua candidatura. Ele se reuniu com dirigentes de 12 Estados, mas não conseguiu o apoio que pretendia. Aparentemente, desistiu da disputa.
Para inscrever uma chapa, é necessária a indicação de pelo menos duas federações estaduais. Os candidatos têm que apresentar seus nomes até o mês que vem, quatro meses antes do pleito.
Até lá muita coisa pode mudar. Barbosa conta que pretende procurar o apoio de Medalha. O treinador afirma que está aberto ao diálogo, mas não irá abrir mão de inscrever sua chapa.
"É importante que o movimento que iniciei tenha repercussão. Outras pessoas também estão se mostrando descontentes."
O problema para Barbosa será obter o apoio das federações do Sul, que estariam comprometidas com Nunes ou com Grego. E a federação paulista -a mais poderosa- continua com a situação.
"Não vejo um nome capaz de derrotá-lo. Por isso continuo com o Grego", diz Toni Chakmati, presidente da FPB, que informa que não ocupará mais cargo na confederação. "Já avisei que não continuo como vice de relações internacionais. Nunca fico sabendo de nada que acontece", reclama.
Procurado pela Folha, Grego disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que aguarda a inscrição das chapas e ainda não faria comentários sobre as eleições.


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