São Paulo, sábado, 09 de fevereiro de 2002

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TÊNIS

Após derrotas no 1º dia, equipe precisa repetir virada histórica, de 1966, para seguir na Davis

Brasil leva 2 a 0 no carpete tcheco

DA REPORTAGEM LOCAL

Os tchecos aproveitaram o fato de jogar em casa e a maior familiaridade com o carpete para abrir 2 a 0 no primeiro dia do confronto contra o Brasil pela rodada de abertura do Grupo Mundial da Copa Davis de 2002.
Agora, para continuar na disputa pelo título inédito da principal competição entre países do tênis, os jogadores brasileiros precisam repetir um feito histórico.
A única vez que o Brasil conseguiu virar um confronto da Davis que começou perdendo por 2 a 0 foi em 1966, contra os espanhóis, nos domínios dos adversários.
Sem Guga, contundido no quadril direito, o capitão da equipe, Ricardo Acioly, escalou André Sá e Fernando Meligeni para as duas primeiras partidas, em Ostrava.
Sá, 24, fez sua estréia valendo pontos na competição -antes havia disputado duas partidas apenas para cumprir tabela.
Ele enfrentou o número um dos tchecos, Jiri Novak, 26, semifinalista no Aberto da Austrália, e perdeu por 3 a 1 (6/7, 6/1, 6/1 e 6/4).
O favoritismo era todo do adversário de Sá, que além de jogar em casa e ter mais experiência no carpete (disputou sua 48ª partida no piso contra a terceira do brasileiro), está muito mais bem colocado no ranking de entradas (Novak é o 16º, e Sá, o 89º).
O ""estreante", no entanto, começou muito bem. Depois de salvar um break point no segundo game, Sá conseguiu levar o primeiro set para o tie-break.
Após estar perdendo o desempate por 5/2, o brasileiro fez quatro pontos na sequência, perdeu a chance de fechar a primeira série quando vencia por 6/5, 7/6 e 8/7, mas venceu o set por 12/10.
Sá ainda venceu o primeiro game do segundo set, mas depois não suportou a reação do rival.
Novak venceu 12 dos 13 games seguintes para fechar o segundo e o terceiro set em 6/1 e 6/1.
Na última série do jogo, Sá chegou a quebrar o saque do adversário, mas não manteve o ritmo.
""Depois do primeiro set, Novak elevou seu nível de jogo, e eu não pude fazer muita coisa", disse Sá após o jogo no Palácio Vitkovice.
Na segunda partida do dia, Meligeni, o número um do Brasil no confronto, não conseguiu oferecer resistência a Bohdan Ulihrach.
O tcheco, 39º no ranking de entradas, precisou somente de uma hora e 50 minutos (a partida de Sá demorou duas horas e 26 minutos) para marcar 3 a 0 (6/3, 6/4 e 6/4) em Meligeni, 69º no ranking.
O brasileiro até alterou seu estilo de jogo, subindo à rede em várias oportunidades, mas não impediu a terceira vitória de Ulihrach em três jogos entre eles.
Ulihrach dominou a partida amplamente e quebrou o serviço de Meligeni no sexto game do primeiro set e no quinto do segundo para abrir 2 a 0.
Na última série, o brasileiro não sustentou seu saque logo no terceiro game. Ele esboçou uma reação no oitavo, quando pela primeira e única vez venceu um game com o rival sacando, mas Ulihrach voltou a quebrar o serviço do brasileiro no game seguinte e depois sacou para fechar o jogo.
"Claro que não é o meu piso preferido", disse Meligeni, após o jogo, referindo-se ao carpete, escolhido pelo tchecos. ""Mas achei que poderia jogar muito melhor, por isso estou tão desapontado com minha performance."
Anteontem, o capitão Ricardo Acioly havia dito que apostava na experiência de Meligeni e no fato de o número um de sua equipe ser canhoto, o que poderia dificultar a devolução de saque do rival. (FERNANDO ITOKAZU)


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