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TÊNIS
Após derrotas no 1º dia, equipe precisa repetir virada histórica, de 1966, para seguir na Davis
Brasil leva 2 a 0 no carpete tcheco
DA REPORTAGEM LOCAL
Os tchecos aproveitaram o fato
de jogar em casa e a maior familiaridade com o carpete para abrir
2 a 0 no primeiro dia do confronto
contra o Brasil pela rodada de
abertura do Grupo Mundial da
Copa Davis de 2002.
Agora, para continuar na disputa pelo título inédito da principal
competição entre países do tênis,
os jogadores brasileiros precisam
repetir um feito histórico.
A única vez que o Brasil conseguiu virar um confronto da Davis
que começou perdendo por 2 a 0
foi em 1966, contra os espanhóis,
nos domínios dos adversários.
Sem Guga, contundido no quadril direito, o capitão da equipe,
Ricardo Acioly, escalou André Sá
e Fernando Meligeni para as duas
primeiras partidas, em Ostrava.
Sá, 24, fez sua estréia valendo
pontos na competição -antes
havia disputado duas partidas
apenas para cumprir tabela.
Ele enfrentou o número um dos
tchecos, Jiri Novak, 26, semifinalista no Aberto da Austrália, e perdeu por 3 a 1 (6/7, 6/1, 6/1 e 6/4).
O favoritismo era todo do adversário de Sá, que além de jogar
em casa e ter mais experiência no
carpete (disputou sua 48ª partida
no piso contra a terceira do brasileiro), está muito mais bem colocado no ranking de entradas (Novak é o 16º, e Sá, o 89º).
O ""estreante", no entanto, começou muito bem. Depois de salvar um break point no segundo
game, Sá conseguiu levar o primeiro set para o tie-break.
Após estar perdendo o desempate por 5/2, o brasileiro fez quatro pontos na sequência, perdeu a
chance de fechar a primeira série
quando vencia por 6/5, 7/6 e 8/7,
mas venceu o set por 12/10.
Sá ainda venceu o primeiro game do segundo set, mas depois
não suportou a reação do rival.
Novak venceu 12 dos 13 games
seguintes para fechar o segundo e
o terceiro set em 6/1 e 6/1.
Na última série do jogo, Sá chegou a quebrar o saque do adversário, mas não manteve o ritmo.
""Depois do primeiro set, Novak
elevou seu nível de jogo, e eu não
pude fazer muita coisa", disse Sá
após o jogo no Palácio Vitkovice.
Na segunda partida do dia, Meligeni, o número um do Brasil no
confronto, não conseguiu oferecer resistência a Bohdan Ulihrach.
O tcheco, 39º no ranking de entradas, precisou somente de uma
hora e 50 minutos (a partida de Sá
demorou duas horas e 26 minutos) para marcar 3 a 0 (6/3, 6/4 e
6/4) em Meligeni, 69º no ranking.
O brasileiro até alterou seu estilo de jogo, subindo à rede em várias oportunidades, mas não impediu a terceira vitória de Ulihrach em três jogos entre eles.
Ulihrach dominou a partida
amplamente e quebrou o serviço
de Meligeni no sexto game do primeiro set e no quinto do segundo
para abrir 2 a 0.
Na última série, o brasileiro não
sustentou seu saque logo no terceiro game. Ele esboçou uma reação no oitavo, quando pela primeira e única vez venceu um game com o rival sacando, mas
Ulihrach voltou a quebrar o serviço do brasileiro no game seguinte
e depois sacou para fechar o jogo.
"Claro que não é o meu piso
preferido", disse Meligeni, após o
jogo, referindo-se ao carpete, escolhido pelo tchecos. ""Mas achei
que poderia jogar muito melhor,
por isso estou tão desapontado
com minha performance."
Anteontem, o capitão Ricardo
Acioly havia dito que apostava na
experiência de Meligeni e no fato
de o número um de sua equipe ser
canhoto, o que poderia dificultar
a devolução de saque do rival.
(FERNANDO ITOKAZU)
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