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FUTSAL
Chevrolet-GMC retira o patrocínio da Ulbra e desmonta as categorias de base em São Caetano
Time que mais revelou atletas deixa quadras
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Chevrolet-GMC, uma das
mais tradicionais equipes do futsal brasileiro e a que mais revelou
jogadores nos últimos anos, irá
encerrar seus investimentos na
modalidade. O novo projeto do
clube é desenvolver programas
voltados para a comunidade, deixando o esporte de competição.
"Vamos iniciar atividades de recreação para crianças até março
ou abril. A princípio, implantaremos o programa nas unidades de
São Caetano do Sul e São José dos
Campos", contou Carlos Vitiello,
presidente da unidade do ABC.
Serão mantidas escolinhas para
crianças de 5 a 14 anos. No entanto, a ênfase não será mais para a
formação de atletas -as equipes
não jogarão torneios da FPFS (Federação Paulista de Futsal).
"Vamos manter uma equipe juvenil de futebol de campo. Já encaixamos alguns atletas em clubes, como o Ferrugem, o Thiago
Matias e o Fernando Diniz. Podemos indicá-los também ao São
Caetano", afirmou Vitiello.
No futsal há mais de 20 anos, a
Chevrolet-GMC foi campeã do
Metropolitano em 1990, 92, 97 e
98, do Paulista em 1997 e da Taça
Brasil em 1998. Na decisão desta
última, em Foz do Iguaçu, derrotou o Tio Sam (RJ) por 9 a 3.
"Foi o melhor time que a GM
montou. A empresa nunca fez
grandes investimentos. Preferia
pegar jogadores emergentes e revelá-los", disse Fernando Ferretti,
técnico da seleção brasileira, que
dirigia o time da GM na época.
Do time brasileiro que jogou o
Mundial da Guatemala-2000, sete
jogadores tiveram passagem pela
equipe de São Caetano: Franklin,
André, Schumacher, Falcão, Lenísio, Almir e Vander Carioca.
"A GM sempre foi o clube com o
trabalho de base mais forte em
São Paulo", atestou Gilberto Rodrigues, diretor do departamento
técnico da federação paulista.
Em 2001, a direção da GM deixou de manter uma equipe própria em São Paulo e entrou na Liga Futsal como patrocinador da
Ulbra-RS, que acabou vice-campeã do torneio. O contrato com a
universidade vai até o mês que
vem, mas não será renovado.
"Nossa idéia é enfatizarmos
programas do Instituto GM, com
atividades voltadas para a comunidade. Não continuaremos no
futsal. Podemos atuar em outro
esporte, mas isso ainda não está
definido", disse Pedro Luís Dias,
diretor de comunicação da GM.
Sabendo que o contrato não terá continuidade, a Ulbra procura
novas parcerias. A GM banca 40%
do orçamento da equipe, que é de
R$ 70 mil mensais.
"Será ruim tentar outro patrocínio a partir do final de março
[quando a Liga Futsal já terá começado". Por isso, estamos correndo atrás de outras empresas",
contou Mauro Paiva, supervisor
do time de futsal da Ulbra.
Dona de uma franquia na Liga
Futsal, a GM não sabe o que fará
com a vaga. Neste ano, ela será cedida novamente à Wimpro, de
Guarulhos. Mas, para o futuro,
pode até ser vendida -seu valor
atual é de R$ 90 mil. "Podemos
cedê-la ou vendê-la para São Caetano, caso haja interesse em montar um time aqui", disse Vitiello.
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