São Paulo, sexta-feira, 09 de fevereiro de 2007

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inspiração

Roger faz quatro, e Corinthians, cinco

Ameaçado de ficar no banco, meia comanda a maior goleada do Paulista após a equipe fazer um primeiro tempo pífio

Rubens Cavallari/Folha Imagem
Roger festeja seu 4º gol no Pacaembu


Corinthians 5
Rio Claro 0

DA REPORTAGEM LOCAL

Roger levou um susto de Emerson Leão, que o colocou no time reserva em coletivo antes do jogo contra o Rio Claro. A ameaça fez o meia acordar. O jogo nem havia completado um minuto e ele, com um toque de bico, pôs o Corinthians à frente do Rio Claro no Pacaembu.
Ele fez mais três, teve o nome gritado pela torcida e foi o principal personagem do Corinthians no jogo que encerrou a seqüência de duas derrotas seguidas do time no estádio.
"Dei sorte. Quando a fase está boa a bola entra", declarou, modesto, ao final do confronto.
A fácil vitória por 5 a 0 sobre o Rio Claro recolocou o time na terceira posição do Paulista, com 15 pontos, e deu ânimo para o clássico de domingo, contra o São Paulo, no Morumbi.
Uma menção honrosa deve ser dada ao meia Willian, que mudou o jogo no segundo tempo. Ele, que poderia ter entrado na vaga do herói da noite, atuou com ele. Mas na posição de Roger, que foi ao ataque.
Depois de um primeiro tempo medonho, a nova formação funcionou. "O Leão gosta desse posicionamento e, de vez em quando, me coloca para jogar lá", falou Roger. "Dei sorte", repetiu. "Mérito para os meus companheiros", concluiu.
A forte chuva que castigou São Paulo o dia todo prejudicou o gramado do Pacaembu. O sistema de drenagem não foi suficiente para evitar a formação de poças d'água no gramado.
Isso ajudou a justificar, em parte, o péssimo jogo no aspecto técnico. Com bastante dificuldade para trocar passes, a partida se arrastou após o gol de Roger no primeiro minuto.
A fraca apresentação do time alvinegro só não teve conseqüência negativa porque o Rio Claro mostrou-se uma equipe bem incompetente ao finalizar.
Leão berrava a todo instante com o time. Mas nem isso adiantou para fazer com que seus atletas jogassem futebol.
O saldo final do primeiro tempo traduziu o desempenho corintiano: dois míseros chutes a gol, contra três do rival.
"Estamos jogando num campo encharcado, mas isso não pode ser desculpa para jogarmos tão mal assim", diagnosticou Betão no intervalo.
O recado deve ter sido dado por Leão no vestiário. O time voltou com outra postura. E com Willian, aquele que ameaçou Roger, no lugar de Arce. Em sete minutos, o Corinthians já havia dado os mesmos dois chutes do primeiro tempo.
Para facilitar, Gérson pôs a mão na bola e, como já tinha amarelo, acabou expulso.
O segundo gol saiu de um cruzamento de Willian, agora jogando no meio-campo, para Roger, que virara segundo atacante. Ele dominou no peito, tirou o goleiro e o zagueiro e, de pé direito, fez 2 a 0.
Ficou fácil, era outro jogo. Willian, com facilidade, armava a equipe. E iniciou a jogada do terceiro gol. Tabelou com Elton, que acertou a trave. No rebote, Roger, livre, ampliou.
A noite, definitivamente, era de Roger, e ele fez mais um. Dominou no peito, invadiu a área e tocou no canto esquerdo para fazer seu quinto gol no ano.
Willian ainda deixou Wilson na cara gol para fechar a goleada, a maior deste Estadual.


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