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inspiração
Roger faz quatro, e Corinthians, cinco
Ameaçado de ficar no banco, meia comanda a maior goleada do Paulista após a equipe fazer um primeiro tempo pífio
Rubens Cavallari/Folha Imagem
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Roger festeja seu 4º gol no Pacaembu |
Corinthians 5
Rio Claro 0
DA REPORTAGEM LOCAL
Roger levou um susto de
Emerson Leão, que o colocou
no time reserva em coletivo antes do jogo contra o Rio Claro. A
ameaça fez o meia acordar. O
jogo nem havia completado um
minuto e ele, com um toque de
bico, pôs o Corinthians à frente
do Rio Claro no Pacaembu.
Ele fez mais três, teve o nome
gritado pela torcida e foi o principal personagem do Corinthians no jogo que encerrou a
seqüência de duas derrotas seguidas do time no estádio.
"Dei sorte. Quando a fase está boa a bola entra", declarou,
modesto, ao final do confronto.
A fácil vitória por 5 a 0 sobre
o Rio Claro recolocou o time na
terceira posição do Paulista,
com 15 pontos, e deu ânimo para o clássico de domingo, contra o São Paulo, no Morumbi.
Uma menção honrosa deve
ser dada ao meia Willian, que
mudou o jogo no segundo tempo. Ele, que poderia ter entrado
na vaga do herói da noite, atuou
com ele. Mas na posição de Roger, que foi ao ataque.
Depois de um primeiro tempo medonho, a nova formação
funcionou. "O Leão gosta desse
posicionamento e, de vez em
quando, me coloca para jogar
lá", falou Roger. "Dei sorte", repetiu. "Mérito para os meus
companheiros", concluiu.
A forte chuva que castigou
São Paulo o dia todo prejudicou
o gramado do Pacaembu. O sistema de drenagem não foi suficiente para evitar a formação
de poças d'água no gramado.
Isso ajudou a justificar, em
parte, o péssimo jogo no aspecto técnico. Com bastante dificuldade para trocar passes, a
partida se arrastou após o gol
de Roger no primeiro minuto.
A fraca apresentação do time
alvinegro só não teve conseqüência negativa porque o Rio
Claro mostrou-se uma equipe
bem incompetente ao finalizar.
Leão berrava a todo instante
com o time. Mas nem isso
adiantou para fazer com que
seus atletas jogassem futebol.
O saldo final do primeiro
tempo traduziu o desempenho
corintiano: dois míseros chutes
a gol, contra três do rival.
"Estamos jogando num campo encharcado, mas isso não
pode ser desculpa para jogarmos tão mal assim", diagnosticou Betão no intervalo.
O recado deve ter sido dado
por Leão no vestiário. O time
voltou com outra postura. E
com Willian, aquele que ameaçou Roger, no lugar de Arce.
Em sete minutos, o Corinthians já havia dado os mesmos
dois chutes do primeiro tempo.
Para facilitar, Gérson pôs a
mão na bola e, como já tinha
amarelo, acabou expulso.
O segundo gol saiu de um
cruzamento de Willian, agora
jogando no meio-campo, para
Roger, que virara segundo atacante. Ele dominou no peito, tirou o goleiro e o zagueiro e, de
pé direito, fez 2 a 0.
Ficou fácil, era outro jogo.
Willian, com facilidade, armava
a equipe. E iniciou a jogada do
terceiro gol. Tabelou com Elton, que acertou a trave. No rebote, Roger, livre, ampliou.
A noite, definitivamente, era
de Roger, e ele fez mais um. Dominou no peito, invadiu a área e
tocou no canto esquerdo para
fazer seu quinto gol no ano.
Willian ainda deixou Wilson
na cara gol para fechar a goleada, a maior deste Estadual.
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