da Reportagem Local

A FPF (Federação Paulista de Futebol) está alardeando o sucesso do Estadual-99 com base em um conceito de "público virtual".
Ou seja, o público pagante anunciado nas partidas não corresponde ao verdadeiro número de pessoas que vai ao estádio -e isso é reconhecido pelo próprio órgão.
A federação anuncia que o torneio teve, na primeira fase, um "público pagante" de 699.240 pessoas, e um "público presente" de 479.329 pessoas.
A diferença se deve às exigências que a federação faz aos clubes no regulamento do torneio.
Para que receba uma cota em dinheiro da FPF, o clube deve garantir um público mínimo nos jogos em seu estádio. Se o índice estabelecido pela entidade não for atingido, o clube paga pelos "ausentes".
A cota mínima é de 7.000 torcedores para as equipes que estão disputando o torneio desde a primeira fase, à exceção da Lusa, que, com os demais "grandes", deve garantir 20 mil pagantes por partida.
O vice-presidente de futebol do Vasco, Eurico Miranda, afirmou que a divulgação de públicos maiores do que os verdadeiros é uma prática antiga da FPF.
"Os públicos em São Paulo sempre foram falsos. No intuito de divulgar o "grande Campeonato Paulista", a federação sempre omitiu informações. Assim eles podem vender mais facilmente o torneio."
A Folha tentou ouvir o presidente da FPF, Eduardo José Farah, mas a sua assessoria informou que ele estava na Suíça. (FV, MD, PC e RD)


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