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Alessandro e outros heróis. E outros vilões
JUCA KFOURI
Colunista da Folha
O baixinho Alessandro é a
maior sensação do futebol paulista no momento.
Veloz, driblador e com tamanho senso de colocação que,
mesmo sem tamanho, faz gols
de cabeça com frequência.
Já há quem fale nele para a
seleção e diga que Wanderley
Luxemburgo o observa.
Nada mais normal, embora
seja difícil achar um lugar para
ele com a amarelinha, e Luxemburgo esteja observando
não só Alessandro como todos
os jogadores pelo país afora
-o que o distingue de seu antecessor e é sua obrigação.
Mas Alessandro tem uma
qualidade adicional que ninguém ressalta: mesmo com todas as características de um jogador de fantasia, é capaz de
jogar solidariamente e é comum vê-lo combatendo os adversários e desarmando-os em
sua linha intermediária.
Já Juninho, do Vasco, tem lugar hoje em qualquer seleção.
Ele joga bem contra o Real Madrid, contra o São Paulo, contra o Santos, contra o Bangu,
não escolhe adversário.
Estão resolvidos os problemas
da defesa e do ataque do Palmeiras: fica decretado que Júnior Baiano é centroavante e
revogam-se as disposições em
contrário.
Jorginho está para o meio-campo do Santos assim como
Mauro Galvão está para a defesa do Vasco. O passe de trivela
que deu para o gol de Alessandro no Morumbi merece o Oscar de efeitos especiais.
Silvinho mais uma vez gastou
a bola na estréia corintiana no
Paulistão. É impressionante,
no entanto, o seu desconforto
dentro da área adversária.
Para quem já teve técnicos especialistas nas laterais do campo, como Eduardo Amorim,
Nelsinho Batista, Wanderley
Luxemburgo, nada indica que
seu trauma tenha solução.
A menos que Evaristo de Macedo, um goleador como poucos na história do futebol mundial, ensine o caminho das pedras. Silvinho bem que merece.
Dodô passou de qualquer limite, no sábado, no Morumbi.
Que dê bananas no zoológico,
tudo bem. Para a própria torcida, porém, é demais.
Dodô é um excelente centroavante que precisa, urgentemente, mudar de ares.
Como já jogou no Paulistão
-Porto Alegre, Rio de Janeiro
ou Belo Horizonte podem fazer
muito bem à sua cabeça.
Porque a Europa que esteve
tão próxima parece mais distante do que nunca.
Consta que Kleber Leite vai
ancorar a mesa-redonda dominical da Band-Traffic no Rio.
Nada mais ético.
Principalmente para quem
acaba de arrematar, com a sua
Kefler, as placas do Maracanã.
E as arrematou, como se viu,
novamente sem licitação, a
exemplo do que a também sua
Traffic fez no ano passado, objeto de processo na Justiça.
Com três cartões vermelhos
injustos, Alfredo Loebeling ensinou como se atrapalha um
grande clássico como foi Palmeiras e Santos.
Ioga, meditação e...coramina
para o coração de Leão.
Sou, aqui, um sobrinho órfão.
Todo sucesso do mundo, tio
Helena!
Juca Kfouri escreve às terças, sextas e domingos
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