São Paulo, domingo, 09 de abril de 2000


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Ex-goleiro é evitado até no velório

da Agência Folha

O corpo do ex-goleiro Barbosa, morto anteontem, foi velado na funerária Osan (Organização Social de Ataúdes Novoas), em Praia Grande, litoral paulista.
Segundo Debora Chaiene Fidel, 18, cerca de 50 pessoas, entre poucos familiares e alguns amigos e fãs do jogador, estiveram no local na manhã de ontem. "Minha mãe conheceu o Barbosa há uns cinco anos. Nós o considerávamos como parte da nossa família", afirmou.
Roberto Nappi, 50, presidente do Clube Atlético Ypiranga, clube paulistano que extinguiu seu futebol profissional em 59 e onde Barbosa jogou, disse que "as autoridades brasileiras deveriam cuidar mais e melhor dos ídolos do passado".
Idário Sanches Peinado, 73, tricampeão paulista pelo Corinthians nos anos 50, falou emocionado, durante o velório, do Torneio Rio-São Paulo de 52, quando jogou contra o Vasco de Barbosa.
Em 1997, o ex-goleiro da seleção brasileira passou a ter dificuldades financeiras, vivendo de favores e sem dinheiro para necessidades básicas. Foi o ano em que perdeu sua mulher, Clotilde, vítima de câncer na medula.
O diretor do Vasco da Gama -onde Barbosa jogou de 1944 a 1956-, Nelson Gonçalves, chegou a tempo de colocar a bandeira do clube sobre o caixão, onde já estava a bandeira do Clube Atlético Ypiranga. O Vasco dava uma ajuda mensal de R$ 2.000 ao ex-goleiro.
Barbosa vivia sozinho em Praia Grande. Seus únicos parentes (uma cunhada e um sobrinho) não moravam com ele.
Ele foi enterrado no final da tarde de ontem, no cemitério Morada da Grande Planície, em Praia Grande.


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