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Ex-goleiro é
evitado até
no velório
da Agência Folha
O corpo do ex-goleiro Barbosa, morto anteontem, foi
velado na funerária Osan
(Organização Social de
Ataúdes Novoas), em Praia
Grande, litoral paulista.
Segundo Debora Chaiene
Fidel, 18, cerca de 50 pessoas,
entre poucos familiares e alguns amigos e fãs do jogador, estiveram no local na
manhã de ontem. "Minha
mãe conheceu o Barbosa há
uns cinco anos. Nós o considerávamos como parte da
nossa família", afirmou.
Roberto Nappi, 50, presidente do Clube Atlético Ypiranga, clube paulistano que
extinguiu seu futebol profissional em 59 e onde Barbosa
jogou, disse que "as autoridades brasileiras deveriam
cuidar mais e melhor dos
ídolos do passado".
Idário Sanches Peinado,
73, tricampeão paulista pelo
Corinthians nos anos 50, falou emocionado, durante o
velório, do Torneio Rio-São
Paulo de 52, quando jogou
contra o Vasco de Barbosa.
Em 1997, o ex-goleiro da
seleção brasileira passou a
ter dificuldades financeiras,
vivendo de favores e sem dinheiro para necessidades
básicas. Foi o ano em que
perdeu sua mulher, Clotilde,
vítima de câncer na medula.
O diretor do Vasco da Gama -onde Barbosa jogou
de 1944 a 1956-, Nelson
Gonçalves, chegou a tempo
de colocar a bandeira do clube sobre o caixão, onde já estava a bandeira do Clube
Atlético Ypiranga. O Vasco
dava uma ajuda mensal de
R$ 2.000 ao ex-goleiro.
Barbosa vivia sozinho em
Praia Grande. Seus únicos
parentes (uma cunhada e
um sobrinho) não moravam
com ele.
Ele foi enterrado no final
da tarde de ontem, no cemitério Morada da Grande Planície, em Praia Grande.
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