MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Campeão Brasileiro de 1978, o Guarani e seu presidente, José Luiz Lourencetti, podem amargar o seu quarto rebaixamento hoje e concretizarem a crise no futebol do clube iniciada em 2001.
Naquela ocasião, caíram no Paulista, mas, no ano seguinte, com a inclusão do Guarani no Torneio Rio-SP, o time não disputou a Série A-2 estadual. Mesmo assim, por ter sido o pior dos paulistas na competição entre Estados, sofreu nova queda.
Mas, com a extinção do torneio e o retorno do Paulista com todos os times, o Guarani, mais uma vez, contou com uma "virada de mesa" e se salvou da Segundona.
O terceiro descenso ocorreu em 2004, quando a equipe foi rebaixada para a Série B do Brasileiro.
Antes desse período, o time de Campinas, durante sua época profissional, havia sido rebaixado só no Brasileiro de 1989, quando o presidente era Beto Zini.
E para o clube e seu atual cartola escaparem da queda no ano em o clube faz o seu 95º aniversário de fundação, o Guarani precisa vencer, em casa, o já rebaixado Mogi Mirim e torcer pelo tropeço da Portuguesa ante o líder Santos, na Vila Belmiro. Os campineiros estão em 17º lugar (18 pontos).
Em Campinas, o possível rebaixamento do Guarani desperta gozações por parte da torcida da rival Ponte Preta. "Já preparamos um velório e o cortejo do caixão pelas principais avenidas de Campinas após o jogo para comemorar o tetra rebaixamento do Guarani", afirmou um torcedor da Ponte, que não se identificou.
"Temos de ter muita calma. Estamos confiantes na vitória", disse o atacante Edmilson, do Guarani, que terá a volta do meia Bilu.
Além de Bilu, o técnico Toninho Cerezo terá a novidade de Mariano na lateral direita. Para incentivar a presença dos bugrinos, a diretoria fez uma promoção: quem comprar um ingresso ao preço de R$ 15 ganha outro.
O Guarani também acertou parte dos salários e das premiações atrasados. Já o Mogi, rebaixado, atuará com um time desfigurado, pois diversos jogadores deixaram o clube na semana passada.


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