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Natação diz que não bane maiô "high-tech"
Fina ignora queixas e só veta novo bloco de partida
DA REPORTAGEM LOCAL
A Fina (Federação Internacional de Natação) reiterou ontem que não irá banir o LZR
Racer, maiô da Speedo que vestiu 18 dos 19 recordes mundiais
batidos nas últimas semanas.
A cúpula da entidade está
reunida em Manchester, onde
acontece o Mundial de piscina
curta, que começa hoje.
A indumentária desagradou
a dirigentes e fabricantes. Canadá e Itália proibiram seu uso
em suas seletivas olímpicas. A
alegação é que a vestimenta fere o artigo 5.6 do regulamento
da Fina, que determina que os
fabricantes disponibilizem o
maiô a todos os atletas.
O LZR Racer também recebeu críticas de concorrentes.
No sábado, a Fina terá encontro com os fabricantes -Arena,
Diana, Nike e Adidas, além de
Speedo, vão participar. "Essa
reunião não é por causa disso
[críticas]. Ela já havia sido marcada. É só coincidência", disse a
Fina, por e-mail. "Ela será para
revisar os procedimentos para
a aprovação de maiôs."
A federação divulgou que
seus procedimentos são "muito
rigorosos" e que o LZR Racer
passou por "série de testes".
Mas a Itália trata a vestimenta como algo ilícito. "Estamos
escolhendo um caminho perigoso, que remove o aspecto puro da competição esportiva e
põe em evidência outros fatores. A natação sempre se baseou na habilidade do atleta.
Agora, há doping tecnológico",
afirmou Alberto Castagnetti,
técnico da seleção italiana.
Ontem, a Fina também adiou
a introdução de novos blocos
de partida para depois da Olimpíada de Pequim, em agosto.
O novo artefato possui um
degrau de apoio, semelhante ao
do atletismo, dando maior impulsão ao atleta na partida. Países como Austrália e EUA reclamavam que o período de
adaptação à mudança seria
muito curto até a Olimpíada.
Com agências internacionais
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