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TÊNIS
Em busca da próxima
Roddick mostra que, após perder e perder, nada melhor do que levantar, olhar para a frente e aguardar a próxima
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
VOCÊ ENTRA em quadra diante
dos fãs, perto do lugar onde
nasceu, na semifinal do Masters. Você perde, mas tudo bem, afinal ele é o número um do mundo.
Nova temporada, você tem a
chance de ganhar Wimbledon, mas
perde de novo para o sujeito. Um
mês depois, joga pelo título de um
Masters Series, mas perde de novo.
Chega à final na Tailândia, mas encontra o tal tenista e perde.
Ano novo, nova chance de se consagrar em Wimbledon. O que acontece? Perde pela quinta vez seguida.
Outra chance de ganhar um Masters
Series e o que acontece? Pois é...
Chega a mais uma temporada: e, o
Grand Slam que você joga em casa,
só não leva porque, na final, cruzou
com quem? Ele... Mais um Masters e
a chance de se redimir de tantas derrotas -não perca a conta: sete seguidas. Aliás, oito, com o Masters.
A temporada seguinte começa
com uma bela campanha no primeiro Grand Slam. Fase ótima, bons jogos, até que, na semifinal, você entra
confiante e termina desolado com
um 6/4, 6/0 e 6/2. O ano segue, você
tem mais uma chance, de novo em
casa, Grand Slam. Não faz feio e perde: 7/6, 7/6 e 6/2. Para variar, mais
um Masters e nova derrota.
Após isso tudo, Andy Roddick ainda se atreveu a entrar em quadra
contra Roger Federer nas quartas
em Miami. Para um jogo que já valeu
título de Wimbledon, do Aberto da
Austrália, de outros Masters Series,
apenas mais um. Para tenistas que já
ganharam tudo, mais um.
Mas Roddick jogou como se fosse
o último dia de sua carreira. Ganhou
o primeiro set no tie-break, apertadíssimo, perdeu o segundo e, no terceiro, quem diria, sorriu vencedor.
"Ao contrário de muitos, sempre
acreditei que tinha chance contra
ele. Era por isso que sempre voltava
à quadra para trabalhar após cada
derrota", disse. "Não vou sentar aqui
como se de repente tivesse resolvido
todos os problemas. Ainda tenho só
2 vitórias contra 15, ainda ridículo...
Mas um pouco menos ridículo."
Ridículo? Menos ridículo? Apenas
duas vitórias? Só, mas a última delas,
com todo o respeito e os aplausos
que um esportista pode merecer.
EM SOROCABA
Vice no Challenger de Napoli, Marcos Daniel é o número um da equipe que joga a partir de sexta a Copa
Davis. Com Thomaz Bellucci, e André Sá e Marcelo Melo nas duplas, o
Brasil deve ganhar fácil.
EM CAMPINAS
A Sociedade Hípica recebe a segunda etapa da Credicard Citi MasterCard Junior's Cup. Os jogos são
gratuitos e vão até domingo.
ERREI
Marat Safin não ganhou o Masters
Series de Hamburgo, como publicado na semana passada. Ele foi vice -em 2002, perdeu de Federer, e
em 2000, de Gustavo Kuerten.
reandaku@uol.com.br
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