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PM deve aprovar clássico em Ribeirão
Local do segundo jogo semifinal do Paulista entre São Paulo e Palmeiras depende de aval da polícia, que avisará hoje FPF
Escolha atende a interesse do Palmeiras, que pediu apoio ao governador José Serra para tirar duelo do Morumbi, o preferido da Promotoria
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Federação Paulista de Futebol lavou as mãos, o Ministério Público também. O local do
segundo jogo semifinal do Paulista entre São Paulo e Palmeiras depende da Polícia Militar.
Hoje, a corporação deve enviar um laudo à FPF sobre as
condições do estádio Santa
Cruz, em Ribeirão Preto, e atestar a segurança do local para a
realização da partida, dia 20.
Se isso for confirmado, vai
contrariar o desejo da Promotoria, da federação e do São
Paulo, que preferiam o confronto no Morumbi. Mas vai
atender à vontade do Palmeiras, que pediu até a ajuda do governador José Serra, torcedor
do clube, para atuar no interior.
Ontem, uma vistoria foi realizada na arena. Wagner Aparecido Barato, comandante da
PM, disse que, "aparentemente, o estádio está ok".
O auxiliar técnico de Vanderlei Luxemburgo, Antônio Nei
Pandolfo, acompanhou o trabalho dos policiais.
Anteontem, à Folha a polícia
disse ter aprovado o estádio.
"Em toda grande partida, fazemos uma vistoria rotineira,
mas acredito que o estádio tem
condições de receber esse jogo", disse o capitão Renato Armando Alves, do sub-comando
da PM do interior.
O promotor Paulo Castilho
foi à FPF ontem e entregou parecer contrário ao duelo no
Santa Cruz. "Lá é difícil você
dividir a torcida, o escoamento
dos torcedores também é complicado, não há espaço adequado para a instalação do Jecrim
(Juizado Especial Criminal) e
haveria custo para o Estado para mandar homens do Batalhão
de Choque para Ribeirão", explicou Castilho, justificando as
razões para o seu veto.
"Mas se a PM assinar o documento avalizando e se responsabilizando pela segurança, o
jogo será no Santa Cruz."
Castilho citou ainda a confusão do clássico entre são-paulinos e palmeirenses, no último
dia 16, para reprovar a arena de
Ribeirão. Na venda de ingressos, a Polícia teve de usar gás
pimenta para dispersar tumulto na porta do estádio. No jogo,
precisou impedir que as torcidas derrubassem as grades que
dividiam as facções.
O promotor Sebastião Sérgio
da Silveira, de Ribeirão Preto,
que mandou instaurar inquérito em 2006 para analisar a situação dos estádios da cidade,
disse que o Santa Cruz tem
condições de receber o jogo.
No último dia 18, foi realizada a vistoria no local. Segundo
um dos engenheiros, o Santa
Cruz precisa de "pequenas adequações estruturais".
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