São Paulo, quarta-feira, 09 de maio de 2007

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Afetado pela burocracia, Carpegiani improvisa

Sem a certeza de contar com recém-chegados, técnico corintiano tapa buracos

Além dos novos contratados, na estréia no Brasileiro time pode não ter Magrão, que em treino de ontem torceu tornozelo e pé esquerdos


Fernando Santos/Folha Imagem
Magrão, que se machucou no treino e pode ser desfalque do Corinthians na estréia do Brasileiro


PAULO GALDIERI
ENVIADO ESPECIAL A ÁGUAS DE LINDÓIA

Paulo César Carpegiani tinha a esperança de poder começar o Campeonato Brasileiro com o time do Corinthians mais bem treinado. Mas um problema burocrático pode atrapalhar os planos do treinador.
Os nomes dos quatro jogadores contratados pelo clube para o Nacional, os atacantes Everton Leandro e Finazzi, o zagueiro Zelão e o goleiro Felipe não tinham seus nomes publicados no BID (Boletim Informativo Diário) até ontem.
O problema é que Carpegiani contava com todos eles como titulares para estrear domingo diante do Juventude, mas só poderá usá-los na primeira rodada se eles tiverem seus registros regularizados e publicados no boletim da CBF até a edição de hoje, conforme descrito no parágrafo 4º do artigo 8º do regulamento do Brasileiro.
"Isto era para estar decidido na outra semana, mas não está. Com certeza isso atrapalha um pouco", reclamou Carpegiani. "Não tenho muito tempo para trabalhar", completou.
Sem saber se poderá colocar o time que considera ideal em campo, o técnico do Corinthians começou os treinos em Águas de Lindóia com improvisos no time. Ele escalou Carlão como lateral-esquerdo. Rosinei formou a dupla de armadores com Wilian no meio-campo. Wilson foi o único atacante.
Enquanto isso, os reforços do time atuavam na equipe reserva ou então ficavam de fora do treino, como aconteceu com Finazzi, que também reclamou de um "desconforto" muscular.
Carpegiani admite que essa não é a sua formação preferida para iniciar o Nacional, no domingo. Mas diz não poder apostar em atletas com os quais não sabe quando poderá contar.
"Não posso fazer um time com antecipação. Tenho que preparar a equipe de acordo com o que tenho disponível", explica o treinador, um pouco frustrado por ver no empecilho burocrático uma dificuldade a mais na tarefa de conseguir uma "arrancada" no início da competição, objetivo dele para as primeiras rodadas.
Mas os problemas corintianos para a estréia no principal campeonato nacional não param por aí. Na atividade de ontem à tarde em Águas de Lindóia (interior paulista), Magrão torceu o tornozelo e o pé esquerdos e praticamente virou desfalque para a estréia.
Pela manhã, Magrão havia se queixado de sua situação no clube. Cobrava uma posição definitiva sobre se ficará ou não no Corinthians. O jogador disse ter recebido, via seu procurador, uma proposta oficial do Feyenoord (Holanda). "Não estou fazendo pressão. Estou é com medo", disse o jogador, cujo empréstimo com o Yokohama Marinos, do Japão, encerra-se no dia 30 de junho.
O Corinthians ainda não pagou os valores referentes a essa transação para o time japonês. "Na pior das hipóteses, eu tenho que me apresentar lá. Não sou de abandonar o contrato com eles. Tenho família para sustentar", disse o volante.


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