São Paulo, domingo, 09 de maio de 2010

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Corinthians revê sua torcida e mira a Libertadores-2011

Quatro dias após ser eliminado do interclubes em casa, equipe estreia no Nacional na luta para voltar à América

Técnico Mano Menezes admite responsabilidade e afirma que edição 2010 do Brasileiro marca o início de um "novo ciclo" no clube

DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians começa hoje a tentar cumprir uma missão que pouco conseguiu nas últimas temporadas: terminar o Campeonato Brasileiro entre os quatro primeiros colocados.
O objetivo é adquirir o direito de disputar em 2011 a Libertadores, da qual foi varrido na última quarta pelo Flamengo.
A partida contra o Atlético- -PR, no Pacaembu, às 16h, marca o que os dirigentes corintianos e o técnico Mano Menezes afirmam ser "um novo ciclo".
O Nacional significa também a última chance de o clube conquistar algum título no ano de seu centenário, já que o Paulista foi desprezado em nome da Libertadores, a "obsessão".
A eliminação na competição provocou uma pequena revolução no departamento de futebol. O preparador físico Walmir Cruz e seus auxiliares Marcos Lima e Antonio Carlos Bona foram as primeiras vítimas e perderam seus empregos.
"Não é que os profissionais não fossem competentes, mas precisávamos fazer uma reforma radical. É o início de uma transformação, e começamos com a comissão técnica", disse o treinador na sexta-feira.
Mano afirmou ter colocado seu cargo à disposição da diretoria, que não só o manteve no posto como renovou seu contrato até o fim do ano que vem.
"Como vamos jogar só o Brasileiro, podemos largar bem, e isso é importante", declarou o treinador, cuja permanência no cargo foi ontem alvo de protesto de torcedores. "No ano passado, foi difícil, pois tínhamos a Copa do Brasil em paralelo."
Para chegar entre os primeiros e se garantir na próxima Libertadores, o Corinthians terá que fazer algo quase inédito desde o início dos pontos corridos no Nacional. De 2003 a 2009, o time só terminou uma vez entre os quatro primeiros.
Foi em 2005, quando o clube, turbinado pelo dinheiro da MSI, chegou ao polêmico título -o torneio teve 11 jogos remarcados graças a um escândalo de manipulação de resultados.
Em 2009, o clube jogou fora o Brasileiro justamente por já estar pensando na Libertadores de 2010, graças ao título da Copa do Brasil. "Houve um relaxamento natural porque havíamos conquistado duas competições [Paulista e Copa do Brasil]", comentou Mano. "Agora é o contrário, terminamos o primeiro semestre sem ganhar nada e entramos com mais responsabilidade", completou ele.


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