São Paulo, segunda-feira, 09 de maio de 2011

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JUCA KFOURI

E não aconteceu nada


Errar e acertar previsões é detalhe. Duvidar da Ciência do Esporte é mais complicado


O 0 a 0 do Pacaembu foi a cara do Paulistinha, com o Santos, mesmo cansado e desfalcado, e com a cabeça na Colômbia, saindo com um resultado melhor, mas com a pior das preocupações: Ganso não enfrentará o Once Caldas.
Não foi um joguinho, mas 0 a 0, não é nada, não é nada, não é nada mesmo.
Elementar, meu caro Ramalho.
Aliás, poucos como Muricy sabem até que ponto é quase impossível ganhar duas partidas decisivas por semana, durante várias semanas seguidas e, ainda por cima, com viagens continentais.
Não é por outra razão que dizem que ele é ruim de mata-mata e é freguês do morre-morre.
Foi assim no São Paulo, nos Paulistinhas misturados com Libertadores.
O que se esperava do descansado Corinthians, que teve uma semana inteira para pensar só no que fazer no Pacaembu tomado pela Fiel, o alvinegro paulistano não fez, porque a mesmice é sua marca registrada desde o começo da temporada.
Marcou forte, é verdade, até ameaçou aqui e ali, mandou uma bola na trave, mas tomou duas e foi inferior ao rival, que pensa também na Colômbia.
De onde é bem provável que volte derrotado para, na Vila Belmiro, pegar novamente o Corinthians, convenhamos, a receita perfeita para ser eliminado da Libertadores.
Porque há casos sim de times que conseguem, vez por outra, desafiar os ensinamentos da moderna Ciência do Esporte. Mas a regra é sucumbir quando são tantos e sistemáticos os desafios ao óbvio.
Não foi por outra razão que o Manchester United escalou reservas na quarta-feira, em casa, pela semifinal da Liga dos Campeões, contra o Schalke 04, a quem havia goleado na Alemanha, mas que, lembremos, goleara a Inter em Milão.
Sir Alex Ferguson sabia que tinha de correr riscos e poupar seus titulares para que pudessem superar o Chelsea no domingo, como aconteceu. E não se trata de afirmar aqui que a Ciência do Esporte seja exata, como 2 mais 2 são 4 porque, ao tratar com homens e artistas, varia.
E, OK, Ganso&Neymar podem desafiar o que for.
Mas não desafiaram em Querétaro, quando, por sorte e Rafael, o Santos escapou de cair, como também não desafiaram no Pacaembu. Isto é, Neymar até que desafiou, mas Ganso, ao contrário, confirmou suas teorias e sucumbiu, como Arouca, como Léo, como Elano, que não foi ao México e fez falta.

blogdojuca@uol.com.br

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