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STOP & GO
Talvez o mais chato
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
De Barcelona, há pouco o que
falar. O GP da Espanha é sério
candidato ao título de mais
chato do ano. Schumacher,
mesmo com o tal escapamento
inovador, não tem mais de onde tirar desempenho.
O intervalo para os McLaren é
responsabilidade da Goodyear
e também do sistema de regeneração de potência do motor
Mercedes, que ninguém confirma ou mesmo nega existir. E
existe.
O passeio já era previsto. O
papel de Schumacher, ele mesmo confirma, será repetir Imola. Ficar na cola dos adversários, aproveitar um erro e garantir um pódio.
Uma terceira colocação amanhã e duas vitórias obrigatórias, em Mônaco e Montreal,
que o próprio alemão aguarda,
deixariam o campeonato no
mesmo patamar atual até, pelo
menos, a sua metade.
Um bom prazo para a Ferrari
e a Goodyear tentarem um desenvolvimento do conjunto e
também para minar a condição
psicológica dos pilotos da
McLaren, único flanco eventualmente vulnerável da equipe
inglesa.
Não há disputa dentro da
McLaren. Desde Jerez, está mais
do que claro que Hakkinen é o
primeiro piloto, sabe-se lá por
qual motivo.
A vitória de Coulthard, em
Imola, somado ao abandono do
companheiro, acalmou os ânimos. Mas a cobrança do escocês
virá no momento em que ele
sentir ter mais condições do que
o companheiro.
Sobre o Rio, aparentemente,
há muito o que falar. A distância, porém, impede uma análise
mais profunda.
Era óbvio que alguma coisa
não daria certo após dois anos
de vistas grossas.
A Cart paga o preço da imaturidade. Afinal, ainda dá seus
primeiros passos rumo à internacionalização.
Talvez não sabe que o país de
Emerson Fittipaldi e companhia vive e trabalha sob um estúpido regime de faroeste.
NOTAS
TV 1
O canal a cabo Fox, detentor
dos direitos da F-1 nos EUA,
está filmando comerciais com
pilotos para promover a categoria no país, que pode voltar a
ter um GP em 99.
TV 2
O comercial da Globo está
promovendo em Barcelona
sua tradicional boca livre para
patrocinadores, com direito a
Mercedes com motorista para
cada um dos convidados.
TV 3
Espanhol sabe tanto de F-1
como os brasileiros de rali. Na
publicidade da transmissão digital, a foto principal é de um
pit stop da Indy.
TV 4
A proibição das asas laterais
provocou comentário irado de
um diretor da Tyrrell, equipe
que as criou em 97: "Dizem
que é perigoso, porque pode se
soltar e ferir alguém. Se é assim, deveriam retirar também
as câmeras de bordo".
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