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VÔLEI
Dias melhores
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
De pois do Mundial de 2002
algo parecia fora de ordem no vôlei. A Itália, sem tradição, foi campeã, e as brasileiras
acabaram em sétimo lugar.
Ontem, na Suíça, na decisão da
Volley Masters, o primeiro grande torneio do ano, o Brasil ficou
com a medalha de bronze e a Itália acabou em quinto lugar.
Ok, você pode estar pensando:
mas o time brasileiro tem história
e jogadoras para disputar uma final, ainda mais nestes tempos em
que Cuba, passando por um processo de renovação, é carta fora
de baralho.
Mas não dá pra esquecer que a
seleção vive tempos de reconciliação. Virna e Raquel, que pertenciam ao grupo de cinco atletas
que pediram dispensa por problemas com o técnico, voltaram há
menos de dois meses. Mas ainda
falta uma levantadora mais experiente como Fofão, que não quis
retornar ao time.
As duas atacantes se juntaram
a uma equipe com jogadoras jovens como Paula Pequeno e Marcelle, que no ano passado foram
promovidas a titulares por causa
da ausência das rebeladas, e tiveram que amadurecer na marra. O
resultado é que este ano promete
ser bem melhor do que aquele que
passou.
Ontem, na decisão da medalha
de bronze, o Brasil teve pela frente
os Estados Unidos, que têm conseguido se manter no grupo dos
quatro desde os Jogos Olímpicos
de 2000. Em Sydney, as norte-americanas ficaram em quarto
lugar, atrás de Cuba, Rússia e
Brasil. No último Mundial, já foram vice-campeãs.
A vitória da seleção brasileira
por 3 sets a 1 tem um significado
especial: dá tranquilidade para o
técnico Marco Aurélio Motta trabalhar. Desde o ano passado, por
causa do pedido de dispensa das
jogadoras e alguns resultados da
seleção, ele tem sido duramente
criticado e vivido um verdadeiro
inferno astral.
Na última quarta-feira, a Folha
publicou uma entrevista de Marco Aurélio feita pela repórter Mariana Lajolo, na qual ele, sempre
tão contido, abriu o coração. Disse que existe disponibilidade para
conversar com Érika, Elisângela e
Fofão, mas isso não garante a volta de ninguém.
Ao ser perguntado se temeu perder o cargo, a resposta dele impressiona: "Acho que a minha
imagem pública é a pior possível.
Um cara doido, que resolveu brigar com todo mundo. Se eu lesse
os jornais e não tivesse minha auto-imagem, me dava um tiro".
Pois é, vida de técnico não é fácil. O certo é que Marco Aurélio
conseguiu bravamente se manter
no cargo já que as pressões não foram nada pequenas. O bom nessa
história é que aos poucos ele está
remontando a equipe.
O próximo desafio é o Grand
Prix, em julho. Mas o torneio que
interessa mesmo é a Copa do
Mundo, em novembro, no Japão,
que vale três vagas nos Jogos de
Atenas. E eu continuo com a minha campanha: "Volta, Fofão".
Já na decisão na Volley Masters,
ontem, as gigantes da seleção da
Rússia, que eram as favoritas,
mais uma vez dançaram. Foram
surpreendidas pelas chinesas, que
conquistaram o título com uma
vitória por 3 sets a 2.
Reforços 1
O Rexona está montando uma equipe para brigar pelo título da Superliga. O time contratou a levantadora Fofão, a oposto Elisângela e a
central Marina. As três jogavam no Minas. O Rexona também renovou com cinco atletas: as atacantes Sassá, Cláudia e Edna, a levantadora Camila e a líbero Daniela. Já o Minas trouxe Gisele para o lugar
de Fofão e já acertou com Virna, Raquel e a líbero Arlene.
Reforços 2
O Bento Gonçalves, que ficou em um surpreendente sexto lugar na
última Superliga, também se reforçou. Com um novo patrocinador
(Union Pack), contratou os atacantes Léo (ex-Banespa), Dante (ex-Ulbra), Maurício Pagnota (ex-Suzano) e o líbero Fernando Rabelo
(ex-Lupo). O técnico é Jorge Schmidt, três vezes campeão brasileiro.
E-mail cidasan@uol.com.br
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