|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Locutor Fiori Gigliotti, 77, morre em São Paulo
Narrador cobriu dez Copas com seu estilo único
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos narradores esportivos mais populares do país,
Fiori Gigliotti morreu na madrugada de ontem, no Hospital
Alvorada, em Moema (zona sul
de São Paulo) onde estava internado há mais de uma semana. Tinha 77 anos.
Fiori teve falência múltipla
de órgãos à 0h40 de ontem, segundo divulgado pelo boletim
médico. O locutor e comentarista enfrentava complicações
decorrentes de cirurgias feitas
na semana passada, devido a
problemas no intestino e complicações na próstata.
Velado no Cemitério do Morumbi, o corpo do radialista foi
enterrado na tarde de ontem.
Uma das vozes mais conhecidas do rádio brasileiro, Fiori
era famoso pelo estilo dramático com que narrava as partidas,
com bordões criativos e pela
paixão com que via o futebol.
Sua popularidade lhe rendeu
mais de 160 títulos de cidadania
honorária pelo país.
Natural do município paulista de Barra Bonita, Fiori nasceu
em 27 de setembro de 1928, era
torcedor do Palmeiras e fã ardoroso do santista Pelé.
Estreou no rádio em 1947 pela Rádio Clube de Lins (SP),
com "Alô Gurizada", um programa de variedades. Só em
1952, quando foi trabalhar na
Rádio Bandeirantes, passou a
integrar equipes de transmissões esportivas, imprimindo
seu estilo poético à narração.
Ao todo, cobriu dez Copas do
Mundo em sua carreira, com
passagens pelas rádios Pan-Americana (atual Jovem Pan),
Tupi e Record. Mais recentemente, admitiu sentir o peso da
idade para narrar jogos pelo rádio. Seu último trabalho era o
de comentarista da rádio Capital, de São Paulo.
Em novembro do ano passado, Fiori recebeu uma das suas
últimas homenagens em vida,
na sede da Federação Paulista
de Futebol. Na ocasião, o radialista ganhou uma placa no Pátio
das Bandeiras -que foi rebatizado com seu nome- e a medalha da Ordem Nacional do Mérito Futebolístico, por seus serviços prestados ao esporte.
Com a notícia da sua morte, a
Federação Paulista lhe rendeu
uma última homenagem em
seu site oficial. Assim como o
Palmeiras e o Santos.
Fiori era casado com Adelaide e deixa dois filhos, Marcelo e
Marcos, além de duas netas.
Texto Anterior: Artigo: Drama e heroísmo Próximo Texto: Memória: "Fiorês" dava magia ao espetáculo Índice
|