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Palmeiras tenta acordar após 6 noites de pesadelo
Equipe terá "bate-volta" de Valdivia contra líder Botafogo, no Parque Antarctica
Em uma semana, time perde
invencibilidade, provoca ira
em sua torcida, vê Edmundo
receber gancho de 2 jogos e
desperta medo de nova crise
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras precisou de 30
dias de "férias" após o Paulista
e duas vitórias consecutivas no
Brasileiro para ganhar status
de surpresa do campeonato.
Pois uma semana bastou para botar em xeque as boas impressões e deixar o clima carregado no Parque Antarctica, palco do duelo de hoje, contra o líder Botafogo. Exagero? A torcida deu mostras na derrota de
domingo para o Cruzeiro (3 a
1), no estádio palmeirense, de
que sua paciência não dura.
"O time não pode ser ansioso.
Tem que administrar isso jogando em casa. Mesmo quando
a torcida se mostra impaciente", disse o técnico Caio Júnior.
Do primeiro fiasco em seus
domínios, nasceram os focos de
insatisfação da famosa "turma
do amendoim" do Parque, o
grupo de torcedores que chia ao
menor sinal de revés.
O próprio comandante escutou gritos de "burro" ao substituir o volante Martinez, bem no
jogo, pelo meia William.
Vozes que ressoaram mais
poderosas ainda contra o lateral-direito Paulo Sérgio, contratado junto ao São Caetano.
As vaias que ecoavam a cada
toque dele na bola lembravam
os piores momentos de Lúcio,
hoje no Grêmio, que deixou o
clube de tanto ser criticado.
Para acirrar os ânimos da
massa, a zaga da equipe, antes
celebrada, entrou em pane nos
três gols dos mineiros.
Esses problemas, que fizeram o clube relembrar um passado recente de transtornos,
começaram até antes, no clássico contra o São Paulo, em 27 de
maio. Além de o time apresentar um futebol aquém do esperado, Edmundo deixou Caio
Júnior "no vácuo" ao ser substituído e não estender a mão
para o cumprimento do chefe.
O gesto desrespeitoso foi
abafado com um pedido interno de desculpas. Do empate
sem gols contra o rival veio
também o último desarranjo
no grupo: a suspensão, que saiu
nesta semana, de dois jogos a
Edmundo pela dividida com o
sã-paulino Miranda -não joga
hoje e, se não houver revertério
no STJD, contra o Goiás.
Nos últimos dias, o clube ainda viu fracassar a vinda de Alex
Mineiro, que trouxe à tona outra preocupação no clube: a escassez de atacantes.
Sem Edmundo, suspenso, e
Osmar e Alemão, machucados,
restam Florentín e Alex Afonso, longe de serem os sonhos de
consumo da diretoria. Tanto
que hoje, ao lado do paraguaio,
deverá entrar William, que tem
características de um meia.
O volante Martinez, suspenso, está fora. Francis, uma das
opções do banco, torceu o tornozelo. Wendel deverá jogar.
Dininho, com uma tendinite
na coxa esquerda, também não
estará em campo. Edmílson retorna à equipe principal.
O meia Valdivia volta ao time
após disputar amistosos pela
seleção chilena. Um fato positivo, mas com prazo de validade
curto. Na semana que vem, o
atleta junta-se mais uma vez ao
time de seu país que se prepara
para a Copa América.
O habilidoso camisa 10 poderá ficar até seis jogos longe do
Palmeiras. "Até brinquei com
ele. Disse que vou torcer por ele
na Copa América, mas contra o
Chile", afirmou Caio Jr.
Colaborou TONI ASSIS, da Reportagem Local
NA TV - Palmeiras x Botafogo
Sportv (menos SP e RS), às 18h10
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