São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2008

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JUCA KFOURI

Onda alvinegra. Ressurge o tricolor?


O Corinthians anda "imparável", o São Paulo lembrou dias até recentes e o Palmeiras colheu o que plantou

DEPOIS DE golear, na casa do artificial Barueri, um dos invictos da Série B, o Corinthians viaja para o Recife com o direito de se imaginar tricampeão da Copa do Brasil, mesmo diante do Sport que arrasou favoritos como Palmeiras e Inter.
Mano Menezes conseguiu montar um grupo que parece não se deixar afetar pelas mazelas das vidas política e financeira do clube, que permanece feita de mentiras, além de ter dado a sorte de perder inutilidades como Bóvio e Perdigão, embora continue a desafiar o deus dos estádios ao insistir com o marcado Fábio Ferreira, que foi muito bem no sábado, registre-se. Como escreveu o sempre rigoroso José Geraldo Couto, o time está longe de ser dos sonhos, mas, por outro lado, digo eu, está mais longe dos dias em que não merecia respeito, além de hoje ser mais criticado pelos jornalistas corintianos do que pelos que não o são, algo natural e compreensível.
Surpreendente é ver alguém como Xico Sá, um talentoso secador profissional, desta vez torcer pelo mais forte, pelo time da primeira divisão, mesmo sabendo que se o Corinthians não for o campeão será a primeira vez que um time paulista, da segunda, deixará de ganhar uma decisão de Copa do Brasil.
Brincadeiras à parte, e para aqueles que não entenderam o correto sentido do que escreveu Tostão sobre a atração pelo alvinegro, o fato é que ele, mesmo distante quase 600 quilômetros dessa onda que inunda São Paulo, dedicou ontem o espaço adequado e, mais, a avaliação certeira sobre o atual momento vivido pelo Timão. Que pode voltar a ser um inferno se não voltar a salvo da Ilha do Retiro, a de Lost, segundo Sá.

Ressuscitou?
O São Paulo que atropelou o Galo lembrou aquele que perdeu a Libertadores de 2007 e foi bicampeão brasileiro no mesmo ano. Hernanes fez um gol do tipo dos que costumava fazer e parecia ter esquecido. Hugo parecia aquele do Grêmio, e Joílson, aquele do Botafogo. Pena que Aloísio seja o de sempre, castigado por problemas físicos insolúveis.
E a besta do Muricy Ramalho, depois de ter o time uma semana nas mãos só para treinar, corre o risco de voltar a ser bestial.

Colheita
O Palmeiras não precisava passar pelo que passou no Recife.
E só passou pela incontinência verbal do professor Luxemburgo, que disse uma coisa logo após o vexame da goleada sofrida na Ilha na Copa do Brasil, e outra, agora, para entrar na onda demagógica que quer jogar nas costas do Nordeste um problema que é nacional.
Ao contrário, não tivesse dito as bobagens que falou, o jogo teria transcorrido em clima até amistoso e não o deixaria tão assustado a ponto de nem se levantar do banco na nova derrota para o Sport.

Assina ou dança
É ganhar da República Tcheca nesta quarta, e classificar Portugal na Euro, para Felipão assinar o contrato milionário que o Chelsea lhe oferece, quatro vezes maior do que o com a seleção lusitana e sem ceder seus direitos de imagem. Mas tem fila. É pegar ou largar.

blogdojuca@uol.com.br


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