São Paulo, domingo, 09 de julho de 2006

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Na Copa, 56% das lesões foram cena

Relatório da Fifa aponta que, em mais da metade das vezes que médicos intervieram, atleta fazia cera

DA REPORTAGEM LOCAL

Contusões forjadas foram responsáveis por mais da metade dos atendimentos durante a Copa do Mundo. A constatação é da equipe médica da Fifa, que ontem divulgou um relatório sobre os números das contusões do torneio, sem computar a disputa do terceiro lugar.
"É muito", declarou Jiri Dvorak, chefe da Comissão Médica da Fifa. "É algo que precisamos averiguar", acrescentou o médico, lembrando que uma das orientações da Fifa aos árbitros antes da Copa era combater simulações de faltas.
Em nada menos que 88 das 156 vezes em que os médicos precisaram entrar em campo (56%), as contusões não foram relevantes o bastante para serem citadas nas súmulas.
Outro número expressivo do relatório é o de contusões em que o jogador lesionado não teve contato com adversários. Um quarto dos atendimentos, 39, foi para atletas que se machucaram sozinhos.
O médico da Fifa destacou que o rigor da arbitragem, responsável pela aplicação de um número recorde de cartões, contribuiu para a queda do número de lesões em campo. Ele citou como exemplo a ocorrência de apenas um traumatismo craniano em 2006, contra quatro do Mundial anterior.
Além de celebrar o fato de não ter havido nenhum caso de doping, Dvorak disse também que a próxima meta da Fifa é combater faltas "estilo kung fu", nas quais um atleta ergue os pés, de forma agressiva, antes de trombar com o outro.


Com agências internacionais

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