São Paulo, Sexta-feira, 09 de Julho de 1999
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Loja apresenta versões diferentes

Antônio Gaudério/Folha Imagem
A vendedora Luciana Cabral, que havia dito que o atacante gastou US$ 16 mil, mas depois negou


dos enviados a Ciudad del Este

Funcionários, gerentes e proprietários do Shopping Monalisa apresentaram versões diferentes para as supostas compras de Ronaldo no Paraguai.
Depois de ter declarado que o atacante, só com ela, comprara US$ 7.700 em relógios, a vendedora Luciana Cabral voltou atrás e afirmou que o jogador desembolsou cerca de US$ 1.500.
""A TV exagerou nos valores. Na verdade, ele comprou bem menos (do que os US$ 16 mil que ela própria havia divulgado)", declarou a vendedora à Folha.
Segundo a funcionária, que trabalha no primeiro andar do shopping, Ronaldo comprou um relógio de ouro e aço inoxidável, no valor de US$ 900, uma caneta de US$ 540 e um porta-terno, que custa US$ 92.
Mas a gerente Luíza Amorim declarou que os valores eram um pouco maiores. Não quis, no entanto, divulgar se o próprio atacante fez os pagamentos e dizer qual forma de pagamento foi usada para a compra.
Aref Hamoud, um dos donos do Monalisa, por sua vez, dizia, em Foz do Iguaçu, que os gastos foram, na verdade, de US$ 700, menos da metade do que divulgava a vendedora.
Ciente das divergências, a gerente decidiu dispensar Luciana e não comentar mais o assunto.
Apesar da confusão, Hamoud negou que tenha intenção de demitir a funcionária por suas declarações. ""São coisas que acontecem, está tudo bem."
Sobre a hipótese levantada pela Receita Federal ontem cedo -de que a Monalisa poderia mandar os produtos para o Rio, onde mora a família de Ronaldo e onde seriam pagos os impostos-, a própria loja desmentiu.
Tanto Luciana quanto Luíza afirmaram que Ronaldo saiu do local já com os produtos em mãos. ""Não fazemos entregas, nem para o Rio de Janeiro nem para Milão", explicou a gerente da Monalisa.
Já sobre o helicóptero da Helisul, que estava no local esperando o atacante, a empresa aérea avisou que está fazendo vôos para a Confederação Brasileira de Futebol de graça. ""É uma cortesia para eles", disse Paulo Martins, piloto que reconduziu Ronaldo a Foz do Iguaçu. (JCA e RB)


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