São Paulo, segunda-feira, 09 de agosto de 2004

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BOXE

Equipe de americano que tirou invencibilidade de brasileiro acertara dar segunda chance caso conquistasse cinturão

Popó se apega a revanche após 1ª derrota

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

Popó, 28, já fala em revanche menos de 24 horas após ter perdido a invencibilidade e o cinturão dos leves (até 61,2 kg) da OMB para o norte-americano Diego Corrales, em Mashantucket (EUA).
A Folha apurou que Corrales, 26, teve a oportunidade de desafiar Acelino Freitas, 28, após um pré-acerto entre seu promotor, Gary Shaw, e a equipe de Popó para que o norte-americano fosse obrigado a conceder uma revanche caso ganhasse o título.
A materialização de um segundo combate entre o brasileiro e Corrales, porém, esbarra na viabilidade comercial -a rede norte-americana de TV a cabo Showtime também teria de estar interessada em transmitir novo duelo.
""Não vou ter um dia de descanso nesta preparação", disse Popó, em alusão à revanche, por meio de sua assessoria de imprensa.
""É possível [que saia uma revanche], mas não vou falar com Shaw sobre isso no futuro próximo", analisou Arthur Pelullo, promotor do brasileiro, que no próximo mês se reunirá com o brasileiro para discutir o futuro.
Um cenário que foi discutido logo depois do combate é que o baiano retorne ao ringue em dezembro ou janeiro, segundo a mulher de Popó, Eliana Guimarães. Ela foi conduzida à arena do Foxwoods Casino em cadeira de rodas, já que foi submetida a uma intervenção cirúrgica de emergência na quarta passada por causa de problemas no apêndice.
Horas depois da derrota para o norte-americano, Popó demonstrava bom humor, apesar de ter deixado o ringue sem dar entrevista e ter faltado à coletiva de imprensa. O brasileiro queria comemorar os cinco anos como campeão -havia ganhado o cinturão dos superpenas da OMB em 1999.
Quando amigos se despediram dele depois de visitá-lo em seu quarto, o brasileiro respondeu com ""até minha próxima luta".
Ele argumentava que até grandes campeões como Eder Jofre e Ayrton Senna haviam perdido.
A Folha acompanhou parte do diálogo por meio de celular que um de seus visitantes esqueceu de desligar. Eliana procurava consolar o marido com o argumento de que ""qualquer um pode ter um péssimo dia". As conversas não se concentravam só no combate, mas em trivialidades, como a comemoração do Dia dos Pais.
Depois que foi deixado pelos visitantes, o brasileiro manifestou seu desejo de cochilar. Mas antes que pudesse fazê-lo, foi obrigado por sua equipe a ir para um hospital para realizar check-up. Na seqüência embarcaria para Nova York, para fazer conexão para o Brasil, onde desembarca hoje.



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