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arrancada
Feio, São Paulo vence e dispara
Equipe joga mal, mas supera o Botafogo no Maracanã e abre cinco pontos de vantagem na liderança
Rafael Andrade/Folha Imagem
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Ao lado de Borges, Leandro festeja seu gol, o segundo no triunfo do São Paulo no Maracanã |
Botafogo 0
São Paulo 2
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, tinha razão
quando disse que a partida de
ontem no Maracanã não poderia ser considerada uma final
antecipada. Seu válido argumento era que ainda há meio
campeonato a ser disputado.
Quem viu o jogo de ontem, de
parcas emoções, concordaria
que houve muito pouco futebol
digno de uma final. Demorou
para que o espectador se convencesse de que os dois melhores times do país atuavam ali.
O saldo final foi que a competitividade são-paulina de fato
supera as dificuldades que o time tem para chegar ao gol adversário. O futebol nada vistoso
da equipe de Muricy não significou falta de perigo e foi suficiente para abrir cinco pontos
de vantagem sobre o Botafogo.
Pelo lado alvinegro, o nervosismo e a ausência de Zé Roberto, afastado da equipe por indisciplina, foram determinantes para que a queda do time de
Cuca, cujo belo futebol fora elogiado até pelo rival Muricy.
Sim, enfrentavam-se o líder e
o vice-líder do Brasileiro. Mas o
primeiro grande lance do jogo
só surgiu aos 2min do segundo
tempo, numa cobrança de falta
que o botafoguense Juninho
cabeceou, e Rogério defendeu,
para alívio das câmeras.
O lado bom até ali foi um jogo
de poucas faltas. O primeiro
tempo foi de nove cometidas
pelo Botafogo e dez pelo São
Paulo. No segundo tempo, porém, o clima esquentou, culminando com a expulsão do botafoguense Túlio, que acertou um
chute no rosto de Leandro.
Mais triste ainda foi a falta de
penetração de ambos os lados.
Com defesas bem postadas,
formadas por trios de defensores, chegar dentro da área adversária era uma dificuldade
para as equipes. Tanto que, das
cinco conclusões executadas
pelo São Paulo, todas saíram de
fora da área. E todas erradas.
Tinha mais iniciativa o Botafogo, que jogava em casa e precisava vencer para retomar a liderança, mas, no primeiro tempo, também ficou devendo futebol. Foram oito disparos e só
dois que chegaram às mãos de
Rogério. Ambos também de fora da grande área tricolor.
No segundo tempo, sem dúvida que Rogério foi mais exigido. Aos 10min, o goleiro teve
que se esticar para cortar uma
cobrança de falta.
Mas sem esperanças com o
time que tinha em campo -já
com uma alteração, Hernanes
no lugar de Reasco, lesionado
desde os 30min do primeiro
tempo-, Muricy optou por tirar Dagoberto e pôr Júnior.
Não faltou também o lance
polêmico para que os são-paulinos se queixassem de Carlos
Eugênio Simon, protestado pelos cartolas no início da semana. Numa conclusão de Jorge
Wagner ao gol de Marcos Leandro, a bola bateu no braço de
Leandro Guerreiro e saiu.
Mas o decorrer do jogo faria
os são-paulinos esquecerem o
árbitro. Aos 19min, Alex Silva
acertou cabeçada em escanteio
de Jorge Wagner, sem chances
para o goleiro do Botafogo.
Aos 28min, a fatura foi liquidada. Leandro chutou, e a bola
passou por baixo de Marcos
Leandro -mais um "amaldiçoado" na baliza botafoguense,
que já fez Júlio César perder a
vaga e o preparador de goleiros
Acácio ser demitido. Entre um
gol e outro, Túlio foi expulso.
Apesar de correto, o lance foi
o primeiro dos que acabaram
voltando os botafoguenses contra Simon. O árbitro gaúcho
não viu a falta de Júnior em Juninho no lance do segundo gol.
Agora, no sábado, o São Paulo
recebe o Atlético-PR. O Botafogo joga no domingo, em Florianópolis, contra o Figueirense.
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