São Paulo, segunda-feira, 09 de agosto de 2010

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JUCA KFOURI

Apetite sem faca


O Corinthians de Adilson tem mais fome do que o de Mano. Mas continua sem ter um fominha


PARA O GALO, diz seu técnico, falta fome. Ao Corinthians, sobra. Se o alvinegro mineiro precisa mandar embora o cozinheiro que deixou seus jogadores enfastiados, o paulista tem de arrumar um centroavante, nem que seja o guloso Ronaldo Fenômeno.
Curiosamente, camisas 9 não faltam no vice-lanterna Atlético, ao contrário do que se dá no vice-líder, o Corinthians, que ontem criou tantas chances e perdeu tantos gols contra o Flamengo que quase foi castigado com o empate no fim.
Por mais que este time de Adilson Batista mostre até mais apetite do que o de Mano Menezes, e por mais que, com Dentinho, Jorge Henrique e Iarley, o Corinthians seja veloz e insinuante, de tanto insinuar e não concluir, o alvinegro parece aquele comensal que fica com água na boca diante do churrasco, mas não tem faca para comê-lo convenientemente. E mastiga e mastiga, mas não engole, além de, aparentemente, ter perdido Dentinho por bom tempo...
Muito mais preocupante é a situação dos outros dois do Trio de Ferro, já que o Santos ri sozinho. Porque, se no Galo o culpado é o cozinheiro, no Palmeiras o mordomo é inocente, mas o olho gordo é uma praga.

Ainda Kaká
"Kaká desmentirá, assim como o médico da seleção brasileira. Mas o fato é que ele está sofrendo para jogar esta Copa do Mundo e pode, como Guga, até encerrar sua bela trajetória no futebol muito mais rapidamente do que gostaria. O mesmo problema que o maior tenista brasileiro de todos os tempos enfrentou no quadril Kaká enfrenta no púbis, segundo confidências de médico para médico que chegaram ao conhecimento da coluna horas antes de o Brasil enfrentar a Costa do Marfim", eis o que aqui foi escrito durante a Copa.
O que causou os esperados desmentidos do jogador, à época e, agora, do médico da seleção.
Médico que em 2006 dizia que atletas acima do peso estavam no peso normal e chamava de "tonteira" o que depois o presidente da CBF tratou como "bebedeira". E médico que hoje acusa de antiético o cirurgião belga que disse o óbvio, sob o risco corrido pelo atleta, quando parece mais antiético criticar o colega, embora a cirurgia não tenha sido criticada.
E aos que dizem que aqui foi falado em púbis, não em joelho, duas informações: más posturas por causa de uma dor atingem outras partes do corpo; e, ainda, que também aqui, em 18 de julho, depois que Kaká passou por exames no Laboratório de Biomecânica da USP, foi dito que ele, "além do púbis, está com o joelho em pandarecos".

blogdojuca@uol.com.br


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