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Mandachuva
Antes de seu 1º teste, Mano Menezes acumula funções na seleção enquanto CBF não escolhe um coordenador
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A NOVA JERSEY
Dunga irritou muita gente
por seu imenso poder na seleção brasileira. Mas, pelo
menos no início da sua gestão à frente do time nacional,
Mano Menezes manda, em
várias áreas, até mais do que
seu contestado antecessor.
Por dois motivos: a demora da CBF em fechar a nova
comissão técnica e as escolhas dos auxiliares feitas pelo
ex-técnico corintiano.
Ontem, o Brasil desembarcou nos EUA, onde faz amanhã, contra a seleção local,
seu primeiro jogo sob o comando de Mano, sem um
coordenador técnico, cargo
que, segundo a CBF, seria
uma das prioridades no ciclo
antes da Copa de 2014.
Estava até mesmo sem um
supervisor, papel que antes
cabia a Américo Faria, responsável, entre outros, pela
programação da equipe e pelo contato com os atletas antes das convocações.
Assim, coube até agora ao
novo treinador a missão de
marcar o horário dos treinos,
fazer o "meio-campo" com os
atletas antes da divulgação
da lista de convocados e ser o
responsável por todas as indicações para a comissão técnica, missão que também poderia caber ao superpoderoso coordenador técnico sonhado por Ricardo Teixeira
O presidente da CBF, que
depois do fracasso na Copa
passou a externar críticas à
supremacia exercida por
Dunga, queria um profissional com esse perfil para ter
mais tempo na organização
da Copa-2014. Contudo ainda não há previsão de quando o cargo de coordenador
ou supervisor será ocupado.
Assim, Mano, que optou
por chamar, para auxiliá-lo,
velhos conhecidos sem nenhuma intimidade com os
cartolas mais influentes da
CBF, torna-se praticamente o
único interlocutor da comissão técnica com a entidade.
Sidnei Lobo, o principal
auxiliar de Mano, nem de
perto terá o papel de Jorginho, tetracampeão mundial
como jogador, já com Teixeira na CBF, e responsável por
decisões polêmicas quando
auxiliava Dunga -como indicar um observador e seguranças evangélicos como ele.
Na preparação física, o
treinador trocou Paulo Paixão, que conhece Teixeira
desde a Copa de 1998 e que
exercia forte influência sobre
Dunga, por Carlinhos Neves,
outro estreante na seleção.
Mano disse à Folha na semana passada que vai exercer o papel de coordenar as
seleções de base com o time
principal e que também vai
palpitar sobre a estrutura do
novo centro de treinamento
planejado pela CBF.
Em seu primeiro dia de trabalho, Mano fugiu do esquema oficial da CBF (falou informalmente no hotel). Hoje,
concede entrevista coletiva.
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