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Nelsinho "aposenta' improvisação na zaga
da Reportagem Local
A partida contra o Cruzeiro
marca para o São Paulo o fim da
"era da improvisação" no sistema defensivo do clube. Depois de
conquistar o título do Campeonato Paulista com o meia Capitão na
zaga, o técnico Nelsinho Batista
parece ter descartado definitivamente essa opção. No treino da última sexta-feira, o treinador elegeu o zagueiro Bordon como o
eventual substituto de Rogério Pinheiro, que está com um edema
em seu joelho direito, no setor.
Contra o Internacional, na última quarta-feira, essa opção ainda
não estava clara para o treinador.
Quando Rogério Pinheiro sentiu o
problema no joelho e pediu para
ser substituído, Nelsinho preparou a entrada de Gallo, deslocando Capitão novamente para zaga.
Porém Pinheiro se recuperou e
não precisou ser substituído.
"Numa situação normal, é
melhor usar um especialista na
posição. Porém essa opção não
existia para mim no Campeonato
Paulista, já que o Bordon e o Rogério Pinheiro estavam contundidos", afirmou Nelsinho.
Capitão mostrou-se muito aliviado com a decisão do treinador.
O jogador foi responsabilizado pela derrota do São Paulo para o Palmeiras, na primeira rodada do
Campeonato Brasileiro. O primeiro gol da equipe de Luiz Felipe
Scolari foi marcado numa bola
cruzada. A falta de habilidade em
Interceptar bolas altas é o principal defeito de Capitão na zaga.
"Acho que preciso treinar
mais alguns fundamentos para ser
um zagueiro perfeito. Tenho boa
impulsão, mas o tempo de bola
não é muito bom", disse Capitão,
que afirmou que se sente mais à
vontade jogando como volante.
O afastamento de Capitão da defesa também deixou o zagueiro
Márcio Santos -companheiro do
jogador no setor durante o Paulista-98- satisfeito. "Claro que o
Capitão foi bem, mas jogar com
um especialista é muito melhor.
Dá mais tranquilidade. O Rogério
Pinheiro e o Bordon, por exemplo, são mais eficientes nos cruzamentos", disse o atleta.
Para o zagueiro Bordon, um
atleta que treinou desde o início de
sua carreira numa função vai sempre ser mais eficiente do que outro
improvisado. "Eu, por exemplo, não poderia jogar como volante. Não teria fôlego."
(AGz)
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