São Paulo, domingo, 9 de agosto de 1998

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Nelsinho "aposenta' improvisação na zaga

da Reportagem Local

A partida contra o Cruzeiro marca para o São Paulo o fim da "era da improvisação" no sistema defensivo do clube. Depois de conquistar o título do Campeonato Paulista com o meia Capitão na zaga, o técnico Nelsinho Batista parece ter descartado definitivamente essa opção. No treino da última sexta-feira, o treinador elegeu o zagueiro Bordon como o eventual substituto de Rogério Pinheiro, que está com um edema em seu joelho direito, no setor.
Contra o Internacional, na última quarta-feira, essa opção ainda não estava clara para o treinador. Quando Rogério Pinheiro sentiu o problema no joelho e pediu para ser substituído, Nelsinho preparou a entrada de Gallo, deslocando Capitão novamente para zaga. Porém Pinheiro se recuperou e não precisou ser substituído.
"Numa situação normal, é melhor usar um especialista na posição. Porém essa opção não existia para mim no Campeonato Paulista, já que o Bordon e o Rogério Pinheiro estavam contundidos", afirmou Nelsinho.
Capitão mostrou-se muito aliviado com a decisão do treinador. O jogador foi responsabilizado pela derrota do São Paulo para o Palmeiras, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro. O primeiro gol da equipe de Luiz Felipe Scolari foi marcado numa bola cruzada. A falta de habilidade em Interceptar bolas altas é o principal defeito de Capitão na zaga.
"Acho que preciso treinar mais alguns fundamentos para ser um zagueiro perfeito. Tenho boa impulsão, mas o tempo de bola não é muito bom", disse Capitão, que afirmou que se sente mais à vontade jogando como volante.
O afastamento de Capitão da defesa também deixou o zagueiro Márcio Santos -companheiro do jogador no setor durante o Paulista-98- satisfeito. "Claro que o Capitão foi bem, mas jogar com um especialista é muito melhor. Dá mais tranquilidade. O Rogério Pinheiro e o Bordon, por exemplo, são mais eficientes nos cruzamentos", disse o atleta.
Para o zagueiro Bordon, um atleta que treinou desde o início de sua carreira numa função vai sempre ser mais eficiente do que outro improvisado. "Eu, por exemplo, não poderia jogar como volante. Não teria fôlego." (AGz)



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