São Paulo, Segunda-feira, 09 de Agosto de 1999
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PAN-AMERICANO
Equipe disputa o Mundial em setembro
Ginástica samba e conquista o ouro

dos enviados a Winnipeg

Usando o samba como música de fundo, a equipe brasileira de ginástica rítmica conquistou ontem, pela primeira vez na história, o ouro em um Pan-Americano.
O time, formado por Michelle Salzano, Camila Ferezin, Alessandra Ferezin, Dayane da Silva, Flávia Faria e Juliana Coradine, manteve a primeira colocação que havia conseguido desde o primeiro dia de disputa, sexta-feira.
As atletas brasileiras somaram um total de 38.431 pontos, contra 37.732 das cubanas (prata) e 37.532 das canadenses (bronze).
Em todas as suas exibições, a equipe vencedora utilizou elementos da cultura brasileira.
Na sexta-feira, a coreografia adotou passos do maracatu e da capoeira. No sábado e ontem, nas exibições com três fitas e dois arcos, as ginastas brasileiras escolheram o samba.
Bastante emocionada, a equipe foi aplaudida de pé pelas pessoas que ontem lotaram o ginásio Investors Group, em Winnipeg.
Uma falha, a queda de uma fita no solo durante a apresentação, preocupava as brasileiras. Mas o erro não foi suficiente para que Cuba chegasse à liderança.
"A expectativa era muito grande desde o sábado, quando vimos que tínhamos ido muito bem. Então, a gente entrou bastante tensa na final", disse Dayane. "O ouro era tudo o que a gente esperava."
A ginasta paranaense, de 21 anos, foi escolhida como porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de encerramento do Pan, ontem à noite.
"Eu estava desesperada. Vou chorar por muito tempo ainda", disse Camila, 22, que chorou compulsivamente nos instantes que precederam o anúncio da medalha de ouro.
Seleção permanente, a equipe brasileira vive em Londrina e treina na Universidade do Norte do Paraná. A próxima competição importante da ginastas será o Mundial, no mês que vem, no Japão, que funcionará como seletiva para os Jogos de Sydney.
No ano passado, o Brasil foi 13º colocado no Mundial. Nos últimos Pans, a equipe havia sido prata (1991) e bronze (1995).
Na competição individual, o Brasil não foi bem. Michelle e Alice Serangelo não conseguiram passar às finais. (EA e MD)

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