São Paulo, segunda-feira, 09 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Time ganha penta mundial de basquete na prorrogação, em Indianápolis

Iugoslávia desfaz, no fim, sonho argentino

Adrees Latif/Reuters
O ala Dejan Bodiroga ergue troféu após o Iogoslávia bater a Argentina e conquistar seu quinto título mundial, ontem, em Indianápolis


ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Argentina subjugou os todo-poderosos EUA, encantou o público e a crítica, avançou invicta pelo torneio e chegou a liderar o placar por oito pontos a pouco mais de dois minutos do fim.
Mas a experiente seleção da Iugoslávia, que também havia derrotado os anfitriões, desfez cirurgicamente a desvantagem, levou o jogo para a prorrogação e saiu ontem de Indianápolis com a vitória (84 x 77) e o quinto título mundial masculino de basquete.
O destaque foi o ala Dejan Bodiroga, 29. Reserva de luxo, ele assumiu a equipe nos últimos minutos e no tempo extra. Terminou com 27 pontos e 61,5% de precisão nos arremessos de quadra.
Os sul-americanos, por sua vez, sentiram a falta do "sombra" de Bodiroga. Emanuel Ginóbili, que sofreu uma torção no tornozelo direito na semifinal, só pôde jogar nove minutos. Não pontuou.
Com um time mais alto (2,04 m, contra 1,99 m), os iugoslavos alternaram jogadas de perímetro e de garrafão para tomar o controle da partida no primeiro (24 x 19) e segundo (41 x 39) quartos.
Muito veloz, a Argentina surpreendeu no reinício do jogo. Fechou o terceiro quarto à frente (57 x 52). O pivô Fabricio Oberto humilhava Vlade Divac com um arsenal de movimentos sob a tabela.
No último período, porém, graças à pontaria de Predrag Stojakovic e Bodiroga, a Iugoslávia chegou ao empate (75 a 75). Divac ainda teve dois lances livres para obter a vitória a seis segundos do fim, mas errou ambos. No contra-ataque, Hugo Sconochini tentou a infiltração. A bola não caiu, e o ala reclamou falta, não marcada pelo árbitro grego Mikkos Pitsilkas.
Na prorrogação, os argentinos pararam. E Bodiroga e Stojakovic, de novo, brilharam, para a satisfação dos fãs iugoslavos, maioria no ginásio Conseco Fieldhouse.
"O caminho que fizemos foi glorioso. Estou orgulhoso. Só lamento a arbitragem, que acabou com a nossa alegria", disse o técnico Rubén Magnano, da Argentina.
Os sul-americanos, campeões da primeira edição do Mundial (1950), não se conformaram no final. Haviam perdido uma partida em que foram quase iguais ao oponente em rebotes (36 x 38) e superaram em assistências (17 x 11) e precisão nos arremessos de quadra (42,8% x 37,8%).
Pelo bronze, a Alemanha não teve dificuldade diante da Nova Zelândia: 117 a 95. O cestinha foi Dirk Nowitzki, com 29 pontos.
Uma das estrelas da NBA no torneio, o alemão foi eleito o melhor atleta do Mundial. Completaram a seleção, eleita pela Fiba, Ginóbili (Argentina), Stojakovic (Iugoslávia), Pero Cameron (Nova Zelândia) e Yao Ming (China).

ATUAÇÕES - ARGENTINA: Sánchez (3 pontos, 1/2 arremessos), Sconochini (3, 1/ 13), Nocioni (5, 2/5), Wolkowyski (11, 4/10), Oberto (28, 11/19); Scola (11, 4/7), Palladino (10, 4/5), Ginóbili (0, 0/3), Montecchia (4, 1/ 3), Victoriano (0, 0/0), Fernández (2, 1/1);
IUGOSLÁVIA: Vujanic (7, 3/4), Gurovic (3, 0/ 2), Stojakovic (26, 8/20), Koturovic (3, 0/7), Divac (3, 1/10); Jaric (9, 2/5), Tomasevic (6, 3/4), Bodiroga (27, 8/13), Rakocevic (0, 0/1)



Texto Anterior: O que ver na TV
Próximo Texto: EUA registram vexame dentro e fora da quadra
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.