São Paulo, quinta-feira, 09 de setembro de 2010

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Magnano quer ter poder sobre a base

Treinador argentino da seleção de basquete, nona no Mundial, defende trabalho "sustentado pelo tempo"

DANIEL BRITO
ENVIADO ESPECIAL A ISTAMBUL

A seleção brasileira pode aderir de vez à escola argentina de basquete. O técnico Rubén Magnano e seu braço direito no Mundial, o conterrâneo Fernando Duró, defendem a extensão do trabalho para as categorias de base.
O treinador argentino está no Brasil desde janeiro e tem contrato de dois anos e meio. Até Londres-2012, portanto.
O Mundial da Turquia, do qual a seleção foi eliminada pela Argentina nas oitavas de final (93 a 89) na terça-feira, foi sua primeira competição com o Brasil, que terminou na nona posição, oito acima do Japão-2006, sua pior campanha na história.
Segundo Magnano, esse foi o início do caminho de redescoberta da identidade brasileira na modalidade. "Há um vazio de vários anos no basquete do país, e isso só se recupera com seriedade e sustentado pelo tempo."
Ontem, antes do embarque de volta para o Brasil, Duró foi mais objetivo. "Nosso trabalho não pode ser voltado somente para os Jogos de Londres, mas pensando nos jovens, na geração que vem em seguida a esta."
"A Argentina demorou oito anos para atingir este nível, estamos trabalhando no Brasil há um mês e meio", comparou o auxiliar, cujo contrato com a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) se encerra com o fim do Mundial. Sua continuidade no cargo depende apenas da anuência de Magnano.
Os jogadores foram informados sobre a possível maior participação do treinador na base. "Com o Magnano, fomos muito melhores. Ficamos sabendo que a filosofia dele vai ser implantada desde a garotada até o adulto e isso vai representar uma evolução bacana para o Brasil", elogiou o ala Alex, 30.
O presidente da CBB, Carlos Nunes, não atendeu aos pedidos de entrevista feitos desde o último sábado, quando desembarcou em Istambul. A assessoria da entidade informou que Magnano vai conversar com os treinadores das outras categorias por "ter mais experiência".
O técnico campeão olímpico em 2004 com a Argentina, em Atenas, ficou em Istambul para acompanhar os últimos jogos do Mundial. Ontem, entretanto, não foi visto no ginásio Sinan Erdem.
Leandrinho, Guilherme, Tiago Splitter, Anderson Varejão e Raulzinho não regressaram ao Brasil ontem com o restante da delegação.
Marcelinho, Murilo, JP Batista, Nezinho e Marquinhos, além de Alex, voltaram em voo direto para São Paulo cujos assentos estavam marcados para os perdedores do duelo Brasil x Argentina.


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