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FUTEBOL
Sem jogar há dois meses e pensando em encerrar a carreira, atacante de 37 anos é esperança contra o rebaixamento
Em má fase, Romário volta para salvar Flu
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Com 37 anos, sem jogar há exatos dois meses, fora de forma e já
pensando em encerrar a carreira.
Este é o perfil atual de Romário.
Apesar da situação desanimadora, o atacante é apontado como
o principal trunfo do Fluminense
na partida contra o Vitória, às
20h30, no Maracanã. Caso vença,
o time carioca poderá deixar a zona de rebaixamento do Nacional.
"Muitos dizem que o Romário
deveria deixar de jogar, que o seu
corpo já não responde, mas ele
voltará marcando gols e calando a
todos", disse o técnico Renato
Gaúcho, que também comemorava ontem os pontos conseguidos
pelo clube no Superior Tribunal
de Justiça Desportiva.
Anteontem, o Fluminense ganhou dois pontos pelo empate
com o Paysandu, que atuou com
três jogadores irregulares.
A volta de Romário é outro fator
de motivação. Para o volante
Marcão, nem a longa inatividade
do atacante será problema. ""O
Romário pode ficar parado por
um ano inteiro que ele sempre estará bem", declarou.
A última partida de Romário foi
em 9 de agosto, no empate contra
o Criciúma, pelo Campeonato
Brasileiro. Na ocasião, ele sofreu
uma contratura na coxa direita e
deixou o time no intervalo.
Desde então, o jogador não voltou mais e sofreu outra contusão
-alegava dores na outra coxa.
Neste ano, Romário está na sua
pior fase. Desde janeiro, só disputou 16 partidas. No Fluminense,
se contundiu várias vezes e entrou
em campo apenas em 13 jogos.
Como se não bastasse a série de
contusões, Romário teve uma
passagem conturbada pelo inexpressivo futebol do Qatar.
Em fevereiro, ele foi para o Al-Saad seduzido pela proposta de
US$ 1,5 milhão por três meses.
A permanência de Romário no
país foi cheia de problemas. Ele
atuou apenas em três jogos pelo
seu clube. Depois, se desentendeu
com o treinador da equipe, o belga Luka Peruzovic, e se isolou nos
últimos dois meses do contrato.
Fora de campo, Romário teve
que conviver com a tensão no país
após o início da Guerra do Iraque.
Na volta ao Brasil, o jogador admitiu, pela primeira vez, que poderia encerrar a carreira depois
do contrato com o Fluminense,
que termina em dezembro.
Mesmo tendo que conviver com
as contusões e decepcionado com
o Qatar, Romário mantém em
2003 uma boa média de gols pelo
Fluminense. Nos 13 jogos, fez 11
gols -quase um por partida.
"Quero que o Romário entre em
campo apenas para fazer gols",
disse Renato Gaúcho, ao justificar
que o atacante não precisa ajudar
na marcação dos adversários.
Poupado
Apesar de confirmado, o jogador, que se recusou ontem a dar
entrevistas, admitiu estar sem ritmo e temer novas contusões.
Na manhã de ontem, ele não
participou do último treino da
equipe nas Laranjeiras.
Os médicos do clube disseram
que optaram por poupá-lo por
causa do campo, muito pesado
em virtude da chuva.
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