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São Paulo, quinta-feira, 09 de outubro de 2003

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FUTEBOL

Sem jogar há dois meses e pensando em encerrar a carreira, atacante de 37 anos é esperança contra o rebaixamento

Em má fase, Romário volta para salvar Flu

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Com 37 anos, sem jogar há exatos dois meses, fora de forma e já pensando em encerrar a carreira. Este é o perfil atual de Romário.
Apesar da situação desanimadora, o atacante é apontado como o principal trunfo do Fluminense na partida contra o Vitória, às 20h30, no Maracanã. Caso vença, o time carioca poderá deixar a zona de rebaixamento do Nacional.
"Muitos dizem que o Romário deveria deixar de jogar, que o seu corpo já não responde, mas ele voltará marcando gols e calando a todos", disse o técnico Renato Gaúcho, que também comemorava ontem os pontos conseguidos pelo clube no Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
Anteontem, o Fluminense ganhou dois pontos pelo empate com o Paysandu, que atuou com três jogadores irregulares.
A volta de Romário é outro fator de motivação. Para o volante Marcão, nem a longa inatividade do atacante será problema. ""O Romário pode ficar parado por um ano inteiro que ele sempre estará bem", declarou.
A última partida de Romário foi em 9 de agosto, no empate contra o Criciúma, pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, ele sofreu uma contratura na coxa direita e deixou o time no intervalo.
Desde então, o jogador não voltou mais e sofreu outra contusão -alegava dores na outra coxa.
Neste ano, Romário está na sua pior fase. Desde janeiro, só disputou 16 partidas. No Fluminense, se contundiu várias vezes e entrou em campo apenas em 13 jogos.
Como se não bastasse a série de contusões, Romário teve uma passagem conturbada pelo inexpressivo futebol do Qatar.
Em fevereiro, ele foi para o Al-Saad seduzido pela proposta de US$ 1,5 milhão por três meses.
A permanência de Romário no país foi cheia de problemas. Ele atuou apenas em três jogos pelo seu clube. Depois, se desentendeu com o treinador da equipe, o belga Luka Peruzovic, e se isolou nos últimos dois meses do contrato.
Fora de campo, Romário teve que conviver com a tensão no país após o início da Guerra do Iraque. Na volta ao Brasil, o jogador admitiu, pela primeira vez, que poderia encerrar a carreira depois do contrato com o Fluminense, que termina em dezembro.
Mesmo tendo que conviver com as contusões e decepcionado com o Qatar, Romário mantém em 2003 uma boa média de gols pelo Fluminense. Nos 13 jogos, fez 11 gols -quase um por partida.
"Quero que o Romário entre em campo apenas para fazer gols", disse Renato Gaúcho, ao justificar que o atacante não precisa ajudar na marcação dos adversários.

Poupado
Apesar de confirmado, o jogador, que se recusou ontem a dar entrevistas, admitiu estar sem ritmo e temer novas contusões.
Na manhã de ontem, ele não participou do último treino da equipe nas Laranjeiras.
Os médicos do clube disseram que optaram por poupá-lo por causa do campo, muito pesado em virtude da chuva.


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