São Paulo, sexta-feira, 09 de outubro de 2009

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BNDES dá sugestão de linha única para a Copa

Estádios privados e públicos teriam condições iguais

EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC

MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ainda estuda qual será o modelo que norteará os empréstimos para a construção e reforma dos estádios da Copa do Mundo de 2014. Mas uma coisa é certa: tanto as arenas públicas como as privadas serão enquadradas nas mesmas condições de financiamento.
A nova proposta foi apresentada nesta semana, durante mais uma rodada de reuniões que o banco teve com representantes das sedes do Mundial.
A proposta inicialmente estudada previa que os três estádios privados (Morumbi, Arena da Baixada e Beira-Rio) seriam submetidos a uma linha de crédito similar à aplicada nos setores de comércio, serviços e turismo. Sendo assim, as condições de financiamento eram mais rígidas do que as aplicadas às arenas públicas.
Haveria um acréscimo de 1% à TJLP (Taxa de Juros a Longo Prazo), que é de 6% ao ano.
Dirigentes do São Paulo e do Internacional confirmaram que, na nova rodada de reuniões, o banco federal estabeleceu condições igualitárias. Assim, as 12 arenas da Copa podem ser financiadas com as seguintes condições: TJLP mais juro básico, que deve variar entre 1,8 e 1,9%. O prazo de carência é de três anos, e o tempo para quitar a dívida, de dez anos.
A linha de crédito cobrirá até R$ 400 milhões, ou 75% do valor do projeto, prevalecendo sempre o que for menor.
A única diferença serão os juros que os clubes deverão pagar ao banco que intermediar as negociações com o BNDES. A taxa é variável e será estabelecida pela instituição financeira escolhida pelo proprietário do estádio, não pelo banco federal.
Segundo José Francisco Manssur, do comitê Morumbi- -2014, atualmente há "quatro grandes bancos" interessados em intermediar o empréstimo do BNDES ao São Paulo.
"O banco que quiser fazer o maior investimento no estádio e apresentar as menores taxas será o escolhido", disse.
A reforma do Morumbi está orçada em R$ 300 milhões, mas o São Paulo pretende financiar apenas metade desse valor.
Adalberto Baptista, diretor de marketing do clube, considera justo o novo prazo sugerido para quitar a dívida com o banco, dois anos maior do que o da proposta original. Por outro lado, o São Paulo ainda pleiteia um tempo maior. A ideia é conseguir um prazo semelhante ao dado para a construção de hotéis, que é de 15 anos.
Assim como o São Paulo, o Internacional também comemorou a sugestão da igualdade de condições. Mas o clube gaúcho ainda não sabe se usará o empréstimo do BNDES para a reforma do Beira-Rio, em Porto Alegre, que deve custar em torno de R$ 130 milhões.


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