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BNDES dá sugestão de linha única para a Copa
Estádios privados e públicos teriam condições iguais
EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social) ainda estuda qual
será o modelo que norteará os
empréstimos para a construção
e reforma dos estádios da Copa
do Mundo de 2014. Mas uma
coisa é certa: tanto as arenas
públicas como as privadas serão enquadradas nas mesmas
condições de financiamento.
A nova proposta foi apresentada nesta semana, durante
mais uma rodada de reuniões
que o banco teve com representantes das sedes do Mundial.
A proposta inicialmente estudada previa que os três estádios privados (Morumbi, Arena
da Baixada e Beira-Rio) seriam
submetidos a uma linha de crédito similar à aplicada nos setores de comércio, serviços e turismo. Sendo assim, as condições de financiamento eram
mais rígidas do que as aplicadas
às arenas públicas.
Haveria um acréscimo de 1%
à TJLP (Taxa de Juros a Longo
Prazo), que é de 6% ao ano.
Dirigentes do São Paulo e do
Internacional confirmaram
que, na nova rodada de reuniões, o banco federal estabeleceu condições igualitárias. Assim, as 12 arenas da Copa podem ser financiadas com as seguintes condições: TJLP mais
juro básico, que deve variar entre 1,8 e 1,9%. O prazo de carência é de três anos, e o tempo para quitar a dívida, de dez anos.
A linha de crédito cobrirá até
R$ 400 milhões, ou 75% do valor do projeto, prevalecendo
sempre o que for menor.
A única diferença serão os juros que os clubes deverão pagar
ao banco que intermediar as
negociações com o BNDES. A
taxa é variável e será estabelecida pela instituição financeira
escolhida pelo proprietário do
estádio, não pelo banco federal.
Segundo José Francisco
Manssur, do comitê Morumbi-
-2014, atualmente há "quatro
grandes bancos" interessados
em intermediar o empréstimo
do BNDES ao São Paulo.
"O banco que quiser fazer o
maior investimento no estádio
e apresentar as menores taxas
será o escolhido", disse.
A reforma do Morumbi está
orçada em R$ 300 milhões, mas
o São Paulo pretende financiar
apenas metade desse valor.
Adalberto Baptista, diretor
de marketing do clube, considera justo o novo prazo sugerido para quitar a dívida com o
banco, dois anos maior do que o
da proposta original. Por outro
lado, o São Paulo ainda pleiteia
um tempo maior. A ideia é conseguir um prazo semelhante ao
dado para a construção de hotéis, que é de 15 anos.
Assim como o São Paulo, o
Internacional também comemorou a sugestão da igualdade
de condições. Mas o clube gaúcho ainda não sabe se usará o
empréstimo do BNDES para a
reforma do Beira-Rio, em Porto
Alegre, que deve custar em torno de R$ 130 milhões.
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