São Paulo, sábado, 09 de novembro de 2002 |
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RENASCIDO DAS CINZAS Atual técnico do Atlético-MG venceu Brasileiro com o Atlético-PR após rebaixamento em 97 Geninho é único campeão pós-trauma
DA REPORTAGEM LOCAL Eugênio Machado Souto, o Geninho, é um técnico que acumula façanhas em seu currículo. Além de levar o Atlético-PR ao primeiro título nacional da sua história, no ano passado, Geninho, 54, é o único treinador que conseguiu voltar em grande estilo à primeira divisão do Campeonato Brasileiro mesmo após ter experimentado o trauma do rebaixamento. A queda à segunda divisão ocorreu em 1997, quando ele dirigia o União São João de Araras (SP). O baque foi vexaminoso: no jogo em que o time caiu, perdeu para o São Paulo, treinado por Dario Pereyra, por 7 a 1. Logo após o episódio, Geninho viveu o purgatório típico dos recém-rebaixados, perambulando por times pequenos do interior de São Paulo, como Matonense e Ituano. Só conseguiu voltar aos holofotes em 2001, quando assumiu mais uma vez na carreira o Santos, a primeira equipe que comandou em Brasileiros, em 87. Com a derrota nas semifinais do Paulista para o Corinthians -com um gol de Ricardinho nos acréscimos- deixou a Vila Belmiro sob vaias e se transferiu para o Atlético-PR durante o Campeonato Brasileiro, em substituição a Mário Sérgio. Na equipe curitibana, Geninho consolidou o esquema 3-5-2 implantado por seu antecessor, mas deu mais movimentação e ofensividade à equipe. O time campeão brasileiro, que derrotou o São Caetano na final, entrou para a história do Nacional pelo alto número de gols marcados numa só edição do torneio: 68, atrás apenas do Vasco da Gama. Uma façanha para quem, nos tempos de atleta, usava muito mais as mãos do que os pés. O primeiro esporte escolhido por Geninho foi o vôlei. O hoje treinador chegou a integrar a seleção de Ribeirão Preto (SP), sua cidade natal. Mas acabou optando pelo futebol, só que na posição de goleiro. Defendeu, entre outros, o Botafogo de sua cidade, a Francana (SP) e o Vitória (BA). Encerrou a carreira de jogador no Novo Hamburgo (RS), em 84, mas saiu debaixo das traves imediatamente para o banco de reservas, assumindo o comando técnico do time. Em Brasileiros, além de Santos, União São João, Atlético-PR e Atlético-MG, já treinou Fortaleza, Vitória, Juventude, Bahia e Paraná. Por este último clube, conquistou em 2000 o Módulo Amarelo da Copa João Havelange, título que levou a equipe às finais do torneio organizado pelo Clube dos 13. Também trabalhou fora do Brasil, principalmente na Arábia Saudita e em Portugal. Texto Anterior: Frase Próximo Texto: A Rodada: Com Valdir, Vasco recebe Vitória e busca se afastar da zona de rebaixamento Índice |
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