São Paulo, sábado, 09 de novembro de 2002

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RENASCIDO DAS CINZAS

Atual técnico do Atlético-MG venceu Brasileiro com o Atlético-PR após rebaixamento em 97

Geninho é único campeão pós-trauma

Valterci Santos - 12.dez.01/'Gazeta do Povo'
O técnico Geninho, que, depois de rebaixado como União São João, ganhou o Brasileiro-2001 jogando com três zagueiros


DA REPORTAGEM LOCAL

Eugênio Machado Souto, o Geninho, é um técnico que acumula façanhas em seu currículo.
Além de levar o Atlético-PR ao primeiro título nacional da sua história, no ano passado, Geninho, 54, é o único treinador que conseguiu voltar em grande estilo à primeira divisão do Campeonato Brasileiro mesmo após ter experimentado o trauma do rebaixamento.
A queda à segunda divisão ocorreu em 1997, quando ele dirigia o União São João de Araras (SP). O baque foi vexaminoso: no jogo em que o time caiu, perdeu para o São Paulo, treinado por Dario Pereyra, por 7 a 1.
Logo após o episódio, Geninho viveu o purgatório típico dos recém-rebaixados, perambulando por times pequenos do interior de São Paulo, como Matonense e Ituano.
Só conseguiu voltar aos holofotes em 2001, quando assumiu mais uma vez na carreira o Santos, a primeira equipe que comandou em Brasileiros, em 87.
Com a derrota nas semifinais do Paulista para o Corinthians -com um gol de Ricardinho nos acréscimos- deixou a Vila Belmiro sob vaias e se transferiu para o Atlético-PR durante o Campeonato Brasileiro, em substituição a Mário Sérgio.
Na equipe curitibana, Geninho consolidou o esquema 3-5-2 implantado por seu antecessor, mas deu mais movimentação e ofensividade à equipe.
O time campeão brasileiro, que derrotou o São Caetano na final, entrou para a história do Nacional pelo alto número de gols marcados numa só edição do torneio: 68, atrás apenas do Vasco da Gama.
Uma façanha para quem, nos tempos de atleta, usava muito mais as mãos do que os pés. O primeiro esporte escolhido por Geninho foi o vôlei.
O hoje treinador chegou a integrar a seleção de Ribeirão Preto (SP), sua cidade natal.
Mas acabou optando pelo futebol, só que na posição de goleiro. Defendeu, entre outros, o Botafogo de sua cidade, a Francana (SP) e o Vitória (BA).
Encerrou a carreira de jogador no Novo Hamburgo (RS), em 84, mas saiu debaixo das traves imediatamente para o banco de reservas, assumindo o comando técnico do time.
Em Brasileiros, além de Santos, União São João, Atlético-PR e Atlético-MG, já treinou Fortaleza, Vitória, Juventude, Bahia e Paraná. Por este último clube, conquistou em 2000 o Módulo Amarelo da Copa João Havelange, título que levou a equipe às finais do torneio organizado pelo Clube dos 13.
Também trabalhou fora do Brasil, principalmente na Arábia Saudita e em Portugal.


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