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duro na queda
São Paulo "invencível" pega Botafogo
Equipe, que joga para ampliar vantagem sobre o Inter, é a que menos perdeu na era de pontos corridos do Brasileiro
Para prosseguir com folga na ponta, time relembra conquista do Mundial em busca de energia positiva
na reta decisiva do torneio
TONI ASSIS
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um time que é o mais difícil
de ser derrotado na era por
pontos corridos do Brasileiro e
que também pode ser o mais
sólido da história do clube na
competição. E a lembrança do
título mundial conquistado há
quase um ano no Japão.
Somando esses dois fatores,
o São Paulo chega para enfrentar o Botafogo hoje, às 20h30,
no Morumbi, com a missão de
ampliar a vantagem que tem
para o Internacional -quatro
pontos após o empate do time
gaúcho com o Santos ontem.
Para enfrentar os cariocas,
que sonham em competir na
Libertadores-2007, o cartão de
visitas são-paulino é a confiabilidade: de 33 jogos, o time só
perdeu quatro, ou 12% deles.
Nenhuma das quase cem
campanhas na era dos pontos
corridos no Brasileiro teve um
número de derrotas tão pequeno. Quem chega mais perto é o
Cruzeiro de 2003, que perdeu
17% dos jogos que fez.
A última derrota pelo torneio
aconteceu no dia 24 de setembro, 3 a 1 para o Palmeiras.
Se permanecer invicto nas
cinco rodadas que restam, o
São Paulo vai fazer em 2006 o
seu Nacional em que a derrota
menos apareceu no trajeto da
equipe. O recorde pertence à
campanha de 1975, com 10,7%.
Agora, pode ficar em 10,5%.
Mas, para manter essa precisão "cirúrgica" de não cair ante
os inimigos, é na conquista do
Mundial de Clubes, em dezembro passado, que o técnico Muricy Ramalho e a comissão técnica são-paulina estão buscando combustível extra.
"A gente conversa isso [o título sobre o Liverpool, no Japão] sempre. Título nos dá dinheiro, prestígio, fama, tranqüilidade, faz bem à auto-estima. Vou dizer uma coisa: ganhar o Mundial foi a maior alegria da minha carreira ", disse o
zagueiro Fabão, que atua também como conselheiro.
"Jogo com atletas [Ilsinho,
Miranda e André Dias] que não
estavam aqui no ano passado e
passo muita confiança para
eles. E falta tão pouco que temos que mentalizar o que ganhamos em 2005 como energia
positiva", completou o titular
do miolo da defesa são-paulina.
O trabalho psicológico não se
restringe somente a ele. Segundo Fabão, Rogério, Mineiro,
Júnior, Souza e Aloísio se encarregam de manter o time ligado. "Posso falar uma coisa
com certeza. O São Paulo hoje é
uma família. Todo mundo se
ajuda, e, como temos um time
que ganhou tudo no ano passado, isso tem de ser lembrado."
Do time campeão mundial
em 2005, somente Cicinho, Lugano e Amoroso não estão mais
no Morumbi. E a base mantida
pelo clube pode fazer a diferença, segundo o zagueiro.
"Se a gente ganhar, vai ser como a Libertadores. Eu não tenho esse título. O Rogério não
tem esse título [só o reserva
Alex Dias tem um Brasileiro no
currículo]. E, como o São Paulo
não vence há muito tempo
[desde 1991], vai ter a mesma
importância de uma Libertadores. É só ver a dedicação da torcida", disse Fabão.
Embalo à parte, uma pequena escrita move o São Paulo nos
três jogos que faz em casa até o
final. No primeiro turno, Botafogo, Atlético-PR e Cruzeiro ficaram no empate jogando em
casa contra o time paulista.
Para Muricy, esse tipo de
análise não deve ser levado em
conta. "Temos que ver o momento, e o momento é o Botafogo. O Cuca vem fazendo um
grande trabalho, e vamos tentar superá-lo", falou ele.
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