São Paulo, segunda-feira, 09 de novembro de 2009 |
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JUCA KFOURI É o São Paulo, quem diria?
FLUMINENSE E FLAMENGO foram os donos da rodada. O tricolor porque jogou incomparavelmente melhor do que o Palmeiras, que deve reclamar mais de si mesmo até do que de mais um erro dos mais errado, e premiado, dos árbitros nacionais, Carlos Simon, que anulou um gol legalíssimo de Obina. Mas Fred, incomparavelmente melhor do que o turista Vagner Love, fez o gol que o Flu batalhou para conseguir diante de quase 67 mil pagantes que pintaram o Maracanã de verde, branco e grená. E Cuca começa a ensaiar um milagre que, se obtido, desanuvia de vez sua barra, para fazer, quem sabe, pesar as de Muricy Ramalho e Celso Roth, ambos superados por ele nos últimos jogos. Muricy em vias de perder um título que parecia ganho semanas atrás e Celso Roth ainda ameaçado pelo rótulo de fraquejar no final. Mas que culpa tem ele se logo no décimo minuto de jogo o mágico Petkovic faz um gol olímpico num estádio com mais de 63 mil pagantes? E que cala o Mineirão e abate a pressão inicial do Galo que parecia em tarde de gala, mas acabou, na voz da massa rubro-negra presente, como galinha? O jogo foi, como se supunha, melhor que o do Rio, embora menos dramático. Mas uma luta entre a vontade mineira e a astúcia carioca, que se deu bem melhor com toda justiça também. Só que quem se deu bem mesmo foi o São Paulo, apesar de ter desperdiçado a chance de ganhar do Grêmio, no primeiro tempo, no Olímpico vazio, com menos de 12 mil pagantes, na quarta-feira. O tal empate com oito jogadores, que na hora foi decepcionante, agora passa mesmo a ser heroico, porque futebol é assim, vive de mudar certezas definitivas. Está tudo tão incerto que a maior curiosidade do colunista é saber o que escreverá aqui na próxima segunda-feira. Aguardemos. Mas que está bom, está. Dunga no alvo Dunga disse à "Isto É" que Ronaldinho Gaúcho só depende de seu futebol, e de seu compromisso, para ir à Copa. Ótimo. É isso mesmo. Tomara que o craque se dê conta disso, como até parece estar se dando, depois de mais uma boa atuação pelo Milan, no domingo. Tomara mesmo. Guia de jornalismo O jornalista Celso Unzelte lançará nesta terça-feira, às 19h30, na livraria Saraiva, do Shopping Higienópolis, mais uma bela obra, agora destinada a quem queira ser jornalista esportivo ou entender melhor como o ofício funciona. Ele parte de sua experiência pessoal para teorizar e dar dicas importantes, sobre ética, inclusive. "Jornalismo Esportivo. Relatos de uma Paixão", pela editora Saraiva, 176 páginas, R$ 39, é mesmo uma pequena preciosidade. Por motivos óbvios, um dos capítulos que mais apreciei foi o sobre o embate entre quem faz jornalismo e quem faz merchans. Unzelte lista os argumentos de ambos os lados e se posiciona contra o crime que cometem contra o ofício (e a expressão, aqui, é minha) os que vendem seus testemunhos. blogdojuca@uol.com.br Texto Anterior: Alemão: Rivais só empatam, e líder se distancia Próximo Texto: Red Bull corta asas do time da Traffic Índice |
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