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FUTEBOL
Sem Ronaldo, treinador da seleção pode convocar atacante corintiano para eliminatórias da Copa
Luxemburgo admite chamar Edílson
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
enviado especial a Cuiabá
Sem Ronaldo no início do ano
que vem, a novidade da seleção
brasileira, que começa em março
a disputa das eliminatórias para a
Copa do Mundo, pode ser o atacante Edílson, destaque do Corinthians no Brasileiro-99.
Em entrevista concedida após a
chegada da equipe olímpica a
Cuiabá, Wanderley Luxemburgo
admitiu a possibilidade de chamar o corintiano, dando a entender que já perdoou o jogador.
"Tudo passa e posso dizer que
não tenho mágoas. O que espero é
que o Edílson tenha aprendido
com o episódio", disse o treinador, referindo-se às embaixadas
dadas pelo atacante na final do
Paulista-99, em junho, que irritaram os palmeirenses e culminaram em violenta briga campal.
Horas depois, por ter discordado da atitude de Edílson, Luxemburgo o cortou da seleção que disputou e ganhou a Copa América,
no Paraguai.
O treinador, que tem elogiado
as atuações do jogador a colegas
da comissão técnica da seleção,
lembrou ainda que chegou a convocar Romário e Marcelinho, dois
de seus desafetos, em outras
oportunidades. Mas a situação de
Marcelinho hoje é diferente da de
Edílson. Enquanto o primeiro
desrespeitou Luxemburgo em
1998, quando este dirigia o Corinthians, o problema de Edílson não
foi diretamente com o treinador.
Já para a equipe sub-23, que em
janeiro disputa o Pré-Olímpico,
em Londrina (Paraná), o técnico
da seleção diz ter "90% da base
formada". Mesmo assim, enfrenta problemas para preparar o time para o torneio. Em Cuiabá,
por exemplo, onde a seleção disputa amanhã amistoso contra a
Bolívia, apenas 14 dos 22 jogadores se apresentaram ao treinador.
Fábio Costa e Baiano, do Vitória, Mancine, do Atlético-MG, Álvaro e Araújo, do Goiás, e Cris e
Marcos Paulo, do Cruzeiro, só devem viajar hoje ao Mato Grosso,
porque atuariam ontem por seus
clubes. Já o flamenguista Athirson, que joga hoje pela Mercosul,
deve chegar só amanhã.
"Estamos tentando também
atender os interesses dos clubes
envolvidos. É fase final do Brasileiro e não queremos prejudicar
ninguém", explicou o treinador.
Com vários atletas liberados, os
treinos do Brasil ficam comprometidos não apenas em Cuiabá,
mas também em Campo Grande,
onde o time enfrenta o Paraguai,
na próxima terça.
"Não é o ideal, mas o possível",
reconheceu Luxemburgo. "E é
por isso que quero ver o time treinando entre 26 e 29 de dezembro
na Granja Comary. Quanto mais
brechas aproveitarmos, melhor."
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