São Paulo, sábado, 09 de dezembro de 2000
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+ ESPORTE PENSE Livro propõe exemplo inglês como saída ao futebol brasileiro JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO DO PAINEL FC No final da década de 80, ficou famoso um comercial de vodca em que o personagem dizia ""eu sou você amanhã". A frase deu origem à expressão ""efeito Orloff", usada principalmente durante o governo José Sarney, para mostrar que a economia brasileira costumava repetir algum tempo depois o que acontecia com a da Argentina. No futebol, porém, a relação deveria ser feita com a Inglaterra. Pelo menos é o que pensam Antônio Carlos Kfouri Aidar, professor da EAESP-FGV, e o doutorando Marvio Pereira Leoncini, especialista em marketing esportivo, responsáveis, ao lado do jornalista João José de Oliveira, pela organização da obra ""A Nova Gestão do Futebol". A experiência inglesa no futebol é usada em parte significativa do livro, cujo objetivo é mostrar a confusa administração esportiva no Brasil e procurar alternativas para melhorá-la. Por que a Inglaterra? Porque, além de ter no futebol seu principal esporte, como ocorre com os brasileiros, ela passou por problemas semelhantes aos que hoje enfrentam os dirigentes tupiniquins: clubes com receitas em queda, estádios de má qualidade, média de público decrescente... Tendo como base um estudo de Stefan Szymanski e Tim Kuypers, consultores do futebol inglês, intitulado ""Ganhadores e Perdedores - A Estratégia de Negócios no Futebol", os autores da Fundação Getúlio Vargas fazem levantamento estatístico dos principais fatores que regem a lucratividade dos clubes esportivos. Entre eles, desempenho em campo, contratos de patrocínio, receitas com direitos de TV e bilheteria e despesas com salários. Além da experiência inglesa, o livro traça um panorama do futebol no Brasil, com ênfase para as principais parcerias que os clubes fecharam nos últimos anos com empresas do setor privado. Traz ainda um parecer jurídico sobre as alterações na Lei Pelé. Com críticas às principais mudanças, feitas em 14 de julho, o trabalho prevê um caminho mais longo para o futebol no país alcançar novo patamar em termos organizacionais. Texto Anterior: Automobilismo: FIA faz jogo duplo e adia decisão sobre eletrônica na F-1 Próximo Texto: Trecho Índice |
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