São Paulo, domingo, 09 de dezembro de 2001 |
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FUTEBOL Time carioca precisa repetir façanha no estádio do rival para ir à decisão Flu tenta desmistificar de vez "alçapão" do Atlético-PR
SÉRGIO RANGEL DA SUCURSAL DO RIO VALMIR DENARDIN FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA Desde a primeira fase do Brasileiro-2001, o Atlético-PR se orgulha de ser quase imbatível em seu estádio, a Arena da Baixada. Hoje, em Curitiba, o time de Geninho disputará uma vaga na final justamente contra o Fluminense, único adversário que o derrotou no Paraná nesta competição. Para ser finalista, o clube carioca precisa repetir o feito, já que só se classifica se vencer no tempo normal ou na prorrogação. Um empate nos 90 minutos e na prorrogação coloca os paranaenses na decisão do Nacional. Na fase inicial, o Fluminense venceu o Atlético-PR por 2 a 1, no dia 9 de setembro. ""Temos que esquecer o que aconteceu. Agora, o caminho para a vitória não será o mesmo. Dentro de campo, vamos ter que encontrar outro caminho", afirmou o meia Roger. Para os jogadores, a vitória do Fluminense na primeira fase poderá dificultar ainda mais o jogo. "Se não tivéssemos vencido naquele dia, eles poderiam entrar mais relaxados. Seria mais fácil surpreendê-los agora", declarou o volante Marcão. No Atlético-PR, os atletas também falam em esquecer o resultado anterior. "Aquela derrota ficou para trás", disse o goleiro Flávio. Mas, quarta-feira, após eliminar o São Paulo, Geninho demonstrou que pensa de maneira diferente. Ele afirmou que usaria a derrota para estimular seu time. "Quero que eles sintam vontade de dar o troco no Fluminense. Isso vai deixar o nosso grupo ainda mais motivado", disse o técnico. Depois, durante a preparação para o jogo, foi mais diplomático. "Mudou tudo de lá para cá. Era quase o começo do campeonato. Naquela partida, a derrota não implicava a desclassificação." Muita coisa realmente mudou desde então, a começar pelo técnico. Geninho foi contratado para o lugar de Mário Sérgio, demitido após a derrota para o Fluminense. Dos 14 jogos que disputou na Arena da Baixada no Brasileiro deste ano, o Atlético venceu dez e empatou três, além daquela derrota para o oponente de hoje. Os atleticanos consideram a sua torcida um trunfo para classificar a equipe. Enquanto isso, os cariocas temem enfrentar problemas com os torcedores. O time do Paraná já foi julgado e absolvido por causa de distúrbios causados por torcedores em seu estádio. Na quarta-feira, o goleiro Rogério, do São Paulo, reclamou de um rojão em sua direção e de um objeto atirado pelo público rival, no começo do segundo tempo. Ele não se machucou. Preocupada, a diretoria do Fluminense montou um forte esquema de segurança. Cerca de 20 guarda-costas vão proteger a delegação carioca em Curitiba. Dentro de campo, o técnico Oswaldo de Oliveira vai mudar apenas um jogador em relação ao time que eliminou a Ponte Preta. Magno Alves será a novidade da equipe. Autor dos dois últimos gols do Fluminense, na quarta-feira, ele jogará no lugar de Alex. O atacante Kléber, do Atlético-PR, que já fez 50 gols neste ano, terá marcação especial nesta tarde. ""Vamos acompanhar o Kléber de perto. Não podemos deixar um artilheiro livre", disse Oliveira. Na equipe paranaense, Geninho disse que irá buscar o gol desde o início, como aconteceu contra o São Paulo, jogo em que a necessidade da vitória era do rival. Ele manterá a mesma formação. Texto Anterior: Hora de chutar a tradição Próximo Texto: Paranaenses almejam domínio Índice |
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