São Paulo, segunda-feira, 09 de dezembro de 2002

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FUTEBOL

Acostumados a brilhar, Diego e Robinho "só" servem companheiros na partida em que Santos teve domínio absoluto

Leão lamenta vitória por apenas dois gols

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Não contentes com o placar de 2 a 0 aplicado no Corinthians, os santistas saíram de campo ontem reclamando que poderiam ter feito um placar mais elástico na primeira final do Brasileiro-2002.
"Foi importante, mas poderia ser 3 a 0. Pelo amor de Deus, juiz, dá o pênalti", disse o técnico Emerson Leão ainda no gramado molhado do Morumbi.
Como é costumeiro, seu alvo era o árbitro, no caso Antônio Pereira da Silva, de Goiás.
O volante Paulo Almeida fez a mesma queixa do treinador. "A gente perdeu muita chance de gol, mas a vantagem é boa para o segundo jogo", disse o jogador. "Temos de repetir a mesma garra, a mesma raça, na segunda partida", completou o capitão da equipe.
O time desarmou mais que o rival, seja com roubadas de bola ou faltas. E Leão elogiou muito a marcação: ""O time teve criatividade e liberdade, mas não desprezou a parte tática e coletiva".
Leo, que foi a sombra de Deivid, concordou com seu chefe. ""A defesa estava bem postada e se antecipando o tempo todo", afirmou.
Sempre destacados, o meia-atacante Diego, 17, e o atacante Robinho, 18, tiveram dura marcação e sentiram o campo pesado.
Escondido pelo cerco corintiano no primeiro tempo, Robinho tentou se vingar na segunda etapa, só que mostrou muito individualismo. Foi desarmado nos contra-ataques que puxou, mas se redimiu no final da partida, quando deu a assistência para Renato marcar o segundo gol.
Como no jogo anterior, a semifinal contra o Grêmio em Porto Alegre, o habilidoso atacante não conseguiu fazer seus lances de impacto. Com a ausência do suspenso Alberto no próximo e decisivo confronto, seu papel aumenta de importância. Robinho poderia até ficar também de fora no próximo domingo, afinal, deu uma entrada desleal no tornozelo de Deivid que não foi punida com cartão.
Já Diego foi, de longe, o atleta mais acionado do Santos, tendo recebido a bola 38 vezes ontem.
Ele abusou das finalizações erradas (quatro contra só uma certa). Por outro lado, deu um passe preciso para Alberto abrir o placar no estádio paulistano e fazer seu 12º gol neste Brasileiro.
""No Santos, não há preciosismo. Nós jogamos assim mesmo", afirmou Alberto sobre as várias chances desperdiçadas.
Ontem, o Santos ainda contou com dois reservas na titularidade: o zagueiro Preto e o lateral-direito Michel. Eles tiveram boas atuações, substituindo à altura, respectivamente, os suspensos André Luís e Maurinho.


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