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FUTEBOL
Acostumados a brilhar, Diego e Robinho "só" servem companheiros na partida em que Santos teve domínio absoluto
Leão lamenta vitória por apenas dois gols
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA
RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL
Não contentes com o placar de 2
a 0 aplicado no Corinthians, os
santistas saíram de campo ontem
reclamando que poderiam ter feito um placar mais elástico na primeira final do Brasileiro-2002.
"Foi importante, mas poderia
ser 3 a 0. Pelo amor de Deus, juiz,
dá o pênalti", disse o técnico
Emerson Leão ainda no gramado
molhado do Morumbi.
Como é costumeiro, seu alvo
era o árbitro, no caso Antônio Pereira da Silva, de Goiás.
O volante Paulo Almeida fez a
mesma queixa do treinador. "A
gente perdeu muita chance de gol,
mas a vantagem é boa para o segundo jogo", disse o jogador. "Temos de repetir a mesma garra, a
mesma raça, na segunda partida",
completou o capitão da equipe.
O time desarmou mais que o rival, seja com roubadas de bola ou
faltas. E Leão elogiou muito a
marcação: ""O time teve criatividade e liberdade, mas não desprezou a parte tática e coletiva".
Leo, que foi a sombra de Deivid,
concordou com seu chefe. ""A defesa estava bem postada e se antecipando o tempo todo", afirmou.
Sempre destacados, o meia-atacante Diego, 17, e o atacante Robinho, 18, tiveram dura marcação e
sentiram o campo pesado.
Escondido pelo cerco corintiano no primeiro tempo, Robinho
tentou se vingar na segunda etapa, só que mostrou muito individualismo. Foi desarmado nos
contra-ataques que puxou, mas se
redimiu no final da partida, quando deu a assistência para Renato
marcar o segundo gol.
Como no jogo anterior, a semifinal contra o Grêmio em Porto
Alegre, o habilidoso atacante não
conseguiu fazer seus lances de impacto. Com a ausência do suspenso Alberto no próximo e decisivo
confronto, seu papel aumenta de
importância. Robinho poderia até
ficar também de fora no próximo
domingo, afinal, deu uma entrada
desleal no tornozelo de Deivid
que não foi punida com cartão.
Já Diego foi, de longe, o atleta
mais acionado do Santos, tendo
recebido a bola 38 vezes ontem.
Ele abusou das finalizações erradas (quatro contra só uma certa). Por outro lado, deu um passe
preciso para Alberto abrir o placar no estádio paulistano e fazer
seu 12º gol neste Brasileiro.
""No Santos, não há preciosismo. Nós jogamos assim mesmo",
afirmou Alberto sobre as várias
chances desperdiçadas.
Ontem, o Santos ainda contou
com dois reservas na titularidade:
o zagueiro Preto e o lateral-direito
Michel. Eles tiveram boas atuações, substituindo à altura, respectivamente, os suspensos André Luís e Maurinho.
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