São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 2003

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FUTEBOL

Vinda do atacante Leandro e do lateral Everaldo escancara postura de não chamar astros como nos anos passados

Reforços explicitam Palmeiras rebaixado

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Motivado pela prioridade patrimonial do presidente Mustafá Contursi e pelo estilo operário do técnico Jair Picerni, o Palmeiras adotou de vez a postura de time que enfrentará a segunda divisão.
Apesar do dirigente, reeleito nesta semana, ter prometido lutar pela virada de mesa, as contratações anunciadas exibem as poucas pretensões da equipe.
Ontem, a diretoria confirmou a chegada do atacante Leandro, reserva que o São Paulo não queria mais, e do lateral-esquerdo Everaldo, que jogava no Ahlen, clube que pode cair para a terceira divisão do Campeonato Alemão.
Contratado por três meses -só para o Paulista-, Leandro entra na modesta lista de reforços: o atacante Thiago Gentil (Figueirense), o zagueiro Índio (Juventude), o lateral-direito Neném (Goiás), o meia Adãozinho (São Caetano) e João Marcelo (Ferroviário-CE), lateral-esquerdo tão desconhecido quanto Everaldo.
Comandando a pré-temporada em Pouso Alegre (MG), Picerni elogiou Leandro e afirmou que ele não foi aproveitado pelo rival.
"Ele vem para ser aquele primeiro atacante que nós não tínhamos no elenco", disse o técnico.
Enquanto o diretor palmeirense Sebastião Lapola dizia de manhã que "faltam detalhes" para fechar o negócio, o atleta deixava escapar sua insatisfação com o ex-time.
"Eu acredito que posso mostrar para a diretoria do São Paulo que precisava de uma sequência de jogos para apresentar meu futebol", disse no treinamento da manhã.
Por seu lado, o time do Morumbi deixou de lado sua rixa com o Palmeiras, criada em 1995 com transação de Cafu, com o Zaragoza servindo de ponte. "Isso é passado", disse o presidente são-paulino, Marcelo Portugal Gouvêa.
Projetado pela também rebaixada Lusa, Leandro tentou a sorte na equipe italiana da Fiorentina, que acabou com sua falência decretada. Chegou ao São Paulo em meados de 2002, não convenceu no Campeonato Brasileiro, ficou como opção de segundo tempo.
Já Everaldo, 28, veio com a credencial de ter jogado com Picerni no União São João em 1998. Depois se transferiu para a Alemanha, mas não se deu bem por lá.
O Palmeiras afirmou estar prestes a contratar um zagueiro.
Já os casos de Arce e de Claudecir ainda não tiveram definição. O procurador do volante, que estava emprestado ao São Caetano, afirma ter proposta do futebol japonês. Já o lateral, que não está treinando com a equipe, diz ter duas ofertas para sair do país.


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