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FUTEBOL
Vinda do atacante Leandro e do lateral Everaldo escancara postura de não chamar astros como nos anos passados
Reforços explicitam Palmeiras rebaixado
RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL
Motivado pela prioridade patrimonial do presidente Mustafá
Contursi e pelo estilo operário do
técnico Jair Picerni, o Palmeiras
adotou de vez a postura de time
que enfrentará a segunda divisão.
Apesar do dirigente, reeleito
nesta semana, ter prometido lutar
pela virada de mesa, as contratações anunciadas exibem as poucas pretensões da equipe.
Ontem, a diretoria confirmou a
chegada do atacante Leandro, reserva que o São Paulo não queria
mais, e do lateral-esquerdo Everaldo, que jogava no Ahlen, clube
que pode cair para a terceira divisão do Campeonato Alemão.
Contratado por três meses -só
para o Paulista-, Leandro entra
na modesta lista de reforços: o
atacante Thiago Gentil (Figueirense), o zagueiro Índio (Juventude), o lateral-direito Neném
(Goiás), o meia Adãozinho (São
Caetano) e João Marcelo (Ferroviário-CE), lateral-esquerdo tão
desconhecido quanto Everaldo.
Comandando a pré-temporada
em Pouso Alegre (MG), Picerni
elogiou Leandro e afirmou que ele
não foi aproveitado pelo rival.
"Ele vem para ser aquele primeiro atacante que nós não tínhamos no elenco", disse o técnico.
Enquanto o diretor palmeirense
Sebastião Lapola dizia de manhã
que "faltam detalhes" para fechar
o negócio, o atleta deixava escapar
sua insatisfação com o ex-time.
"Eu acredito que posso mostrar
para a diretoria do São Paulo que
precisava de uma sequência de jogos para apresentar meu futebol",
disse no treinamento da manhã.
Por seu lado, o time do Morumbi deixou de lado sua rixa com o
Palmeiras, criada em 1995 com
transação de Cafu, com o Zaragoza servindo de ponte. "Isso é passado", disse o presidente são-paulino, Marcelo Portugal Gouvêa.
Projetado pela também rebaixada Lusa, Leandro tentou a sorte
na equipe italiana da Fiorentina,
que acabou com sua falência decretada. Chegou ao São Paulo em
meados de 2002, não convenceu
no Campeonato Brasileiro, ficou
como opção de segundo tempo.
Já Everaldo, 28, veio com a credencial de ter jogado com Picerni
no União São João em 1998. Depois se transferiu para a Alemanha, mas não se deu bem por lá.
O Palmeiras afirmou estar prestes a contratar um zagueiro.
Já os casos de Arce e de Claudecir ainda não tiveram definição. O
procurador do volante, que estava
emprestado ao São Caetano, afirma ter proposta do futebol japonês. Já o lateral, que não está treinando com a equipe, diz ter duas
ofertas para sair do país.
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