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Briga de torcidas ressuscita
anti-semitismo na Polônia
das agências internacionais
Uma briga entre os torcedores
dos clubes Widzew e LKS, ambos
de Lodz, ressuscitou o anti-semitismo nessa cidade polonesa, cujas paredes e muros estão cheios
de frases contra judeus.
O fenômeno é tão inquietante
que muitos cidadãos de origem
israelita fizeram declarações públicas para que a população local
não se deixe levar por esse clima.
A prefeitura local admitiu que a
situação é vergonhosa e prometeu
lavar os muros -há pichações
como ""Os judeus para a câmara
de gás" e ""Hitler, te respeitamos"- e proteger as sinagogas.
A cidade é dividida pela rua Kilinski. De um lado, estão os bairros de maioria judia e a sede do
clube Widzew. Do outro, estão a
população de maioria católica e a
sede do LKS.
Os torcedores e jogadores do
Widzew recebem dos rivais o apelido de ""os costeletas compridas",
em alusão às tranças (peot, em hebraico) que os judeus ortodoxos
usam na região da têmpora.
O jornal local ""Gazeta Wyborcza" denuncia que se produziu um
surto anti-semita com as brigas
entre hooligans dos dois clubes.
O estopim para conflito de torcedores teria começado com cânticos de arquibancada. ""Widzew é
uma aldeia judia/E nós, do LKS,
somos a SS (tropa de elite da Alemanha nazista)", cantavam os
seguidores do LKS.
Agora, nos estádios, são distribuídos panfletos com textos como: ""O Widzew tem torcedores
em toda a Polônia porque, por
azar, nem todos os judeus foram
exterminados por Hitler". Essas
ações são reforçadas por simpatizantes da extrema-direita.
A Polônia foi invadida por tropas alemãs em setembro de 1939,
transformando-se no principal
palco das atrocidades nazistas
contra a população judia (os campos de concentração Auschwitz e
Treblinka ficavam lá).
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