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fase de crescimento
San-São expõe conflito de gerações
Santos tem metade de seu elenco composto pela base, já São Paulo mantém apenas quatro atletas revelados no clube
Com média de idade de 28 anos, equipe são-paulina é quatro anos mais velha do que time santista, recheado por garotos abaixo dos 20
JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Cena um: diante do Marília, o
atacante santista Alemão, 18,
recebe a bola dentro da área e,
com o gol livre, chuta na trave.
Cena dois: diante do São Caetano, o zagueiro Aislan, 19, vê o
jogo do banco, enquanto o São
Paulo não passa de um empate.
As duas partidas, ocorridas
na quinta-feira passada, pelo
Paulista-2008, são reveladoras
de como Santos e São Paulo,
protagonistas hoje do terceiro
clássico da competição, tratam
seus jovens atletas. Os novatos
santistas são vistos como salvação. Já os são-paulinos ficam de
lado, quase alijados da ação, à
espera de amadurecimento.
O reflexo está em campo -e
fora dele. O Santos tem um
elenco composto por 17 jogadores revelados na sua categoria
de base, entre 34. Desses, a
maioria ainda não passou dos
20 anos. Antes do Paulista, formavam a base do time da Copa
São Paulo de juniores.
Alemão, Tiago Luís, Carleto e
Anderson Salles viraram opções diante da falta de recursos
do Santos. Alçados até a titulares, tornaram o time inexperiente: a média de idade hoje
vai girar em torno de 24 anos.
Bem diferente do experiente
elenco são-paulino, onde a preferência é por contratar jogadores rodados, com passagens
por mais de um clube. A média
de idade chega a 28 anos.
Em seu elenco, são apenas
quatro jogadores da base, de
um total de 23. Entre eles está o
goleiro Rogério Ceni, revelado
nos anos 90, quando assistia do
banco às conquistas da era Telê, esperando para ser ídolo.
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