São Paulo, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

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Verba para clubes some na Câmara

POLÍTICA
Formadores de atletas olímpicos apelam agora ao Senado


EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC

O Confao (Conselho dos Clubes Formadores de Atletas Olímpicos) voltou a ficar com o pires na mão.
O governo foi atendido em seu pedido para a retirada da medida provisória 502/2010 do artigo que previa que os clubes recebessem 0,5% dos recursos de loterias, que por sua vez seriam tirados do percentual de 4,5% que o Ministério do Esporte recebe.
Ganhara notoriedade a queda de braço entre o Comitê Olímpico Brasileiro e o Confao, que reivindicava um quinhão da parcela do COB.
Fundado em fevereiro de 2009, o Confao surgiu com a proposta de levar 30% dos recursos repassados ao COB.
A ideia de a verba sair dos cofres do ministério foi encarada como uma solução apaziguadora. Até ser eliminada.
""Estou atônito. Não sei o que aconteceu, pegou todo mundo de surpresa. O [ministro do Esporte] Orlando Silva Junior foi pego de surpresa, e o relator, o deputado José Rocha (PR-PT)", explicou Edson Garcia, diretor executivo da CBC (Confederação Brasileira de Clubes).
É a CBC que receberia a verba do ministério e o repassaria aos membros do Confao, entre eles o Flamengo, o Minas Tênis e o Pinheiros.
""O governo acha que o Brasil disputará os Jogos Olímpicos de 2016 com quem? Os clubes formadores precisam ter verba para preparar os atletas. Não vai ter atleta para 2016", vaticina.
A medida provisória será encaminhada ao Senado e, se aprovada sem alterações, seguirá para a sanção da presidente Dilma Rousseff.
Os clubes, agora, pretendem entrar em contato com senadores para que eles encaixem de novo na medida provisória o artigo que trata da reivindicação do Confao.
Nesse cenário, o documento voltaria à Câmara.
""O argumento da liderança do governo para que o artigo fosse retirado é que isso constituiria uma vinculação de recursos para a confederação", rebate o relator Rocha.
""Acho que não tem nada a ver, já que o dinheiro ia para o Ministério do Esporte e só aí iria para a confederação. Clubes como Pinheiros, Minas e Flamengo fazem um trabalho com esportistas que disputam Olimpíada e não têm recursos para isso", finaliza.


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