ARNALDO RIBEIRO
enviado especial a Los Angeles (EUA)

A contusão do meia Denílson, que levou uma forte pancada no tornozelo direito contra El Salvador e saiu de campo com suspeita de fratura, fez reviver na seleção o ""fantasma de Juninho", jogador que recentemente quebrou a fíbula e rompeu os ligamentos do tornozelo esquerdo, praticamente selando sua sorte na Copa do Mundo da França.
A radiografia do pé de Denílson não apontou qualquer lesão séria, mas o jogador dificilmente terá condições de jogo na madrugada de amanhã, quando o Brasil faz uma das semifinais da Copa Ouro.
O jogo está marcado para as 2h, horário de Brasília.
O técnico Zagallo não sabe se comemora ou não a ausência do meia, titular para a Copa.
Criticando as arbitragens, a violência dos adversários e o estado dos gramados, ele teme perder mais algum jogador por contusão para o Mundial.
""As arbitragens estão fraquíssimas. A violência corre solta, com entradas por trás. Por pouco, o Denílson não quebra a perna."
Zagallo deve apoiar a campanha do presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Armando Marques, que, motivado pela contusão de Juninho, teria enviado ofício à Fifa pedindo rigor dos árbitros nos campeonatos europeus.
""O Armando está certo. O juiz, às vezes, quando permite a violência, também tem que levar um cartão vermelho", disse.
Apesar da preocupação com contusões, Zagallo disse que não vai pedir para qualquer jogador se poupar durante a Copa Ouro.
""Quem estiver se poupando vai estar se prejudicando. Estou observando tudo", disse o treinador.
""Se tiver que acontecer, vai acontecer. Não dá para se poupar. A contusão do Juninho foi uma fatalidade", disse Denílson.
Sem Denílson, o time deve jogar a semifinal com Taffarel; Zé Maria, Júnior Baiano, Gonçalves e Júnior; Mauro Silva, Flávio Conceição, Zinho e Sérgio Manoel; Edmundo e Romário.
NA TV - Globo, ao vivo, às 2h da madrugada de amanhã (horário de Brasília)



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