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FUTEBOL
Rendimento de Corinthians, Palmeiras e São Paulo desaba no Paulista
"Trio de ferro" desaprende
a jogar no interior de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A interiorização do Campeonato Paulista de 2001, uma das inovações da FPF (Federação Paulista de Futebol), é mais um tiro que
saiu pela culatra -pelo menos
para os grandes clubes da cidade
de São Paulo.
Corinthians, Palmeiras e São
Paulo têm este ano o pior desempenho atuando no interior do Estado. A média de aproveitamento
de pontos do chamado "trio de
ferro" fora da capital é de 33%.
De 1995 a 2000 foi de 65% (veja
quadro). Se conseguissem repetir
essa média, estariam na zona de
classificação -quatro equipes se
classificam para a próxima fase.
No momento, o São Paulo, atual
campeão do Estadual, é o mais
bem colocado entre os três grandes da capital: com 13 pontos,
ocupa a sexta colocação.
O Palmeiras é o 13º, com seis
pontos, e o Corinthians é o antepenúltimo colocado entre os 16
participantes, somando apenas
cinco pontos.
O desempenho do Corinthians
é tão ruim que o time dirigido por
Wanderley Luxemburgo foi derrotado até pela Matonense, última colocada no Paulista, por 3 a 2,
em Matão.
Acossado pelas queixas dos clubes do interior, que alegavam ter
se desvalorizado durante a gestão
de Farah, o presidente da FPF decidiu concentrar no interior as
partidas dos times grandes.
Além de servir para consolar essas equipes, a medida é uma tentativa de melhorar a média de público e favorecer a transmissão
dos jogos pela TV.
Das 120 partidas programadas
para a primeira fase, apenas 19, ou
16%, foram ou serão realizadas na
cidade de São Paulo.
Das 15 partidas que farão na etapa inicial do torneio, Corinthians,
Palmeiras e São Paulo disputarão
nove no interior.
Farah fez isso porque a federação tem poder sobre o mando de
campo das equipes grandes, em
troca da cota paga aos clubes.
Engana-se, porém, quem imagina que os clubes culpam o regulamento. "Isso não é desculpa. É difícil, mas todos os times jogam
com o mesmo regulamento", disse o técnico do Corinthians, Wanderley Luxemburgo.
Para o volante Ricardinho, "não
adianta ficar vivendo do passado". "O regulamento é esse e é
com ele que temos que ganhar."
No Palmeiras, o tom não é muito diferente. "É bem mais difícil
(jogar no interior), pois são campos com os quais não estamos
acostumados, mas não justifica o
desempenho dos grandes. É que
não estamos jogando bem mesmo", analisou o goleiro Marcos.
O meia Alex disse que a mudança tem um reflexo emocional. "O
fator campo ajuda e tem sido bem
utilizado pelos times do interior.
Se você joga em casa antes e obtém bons resultados, aumenta a
sua confiança."
Na opinião do presidente do
Botafogo, Ricardo Cristiano Ribeiro, os times grandes só têm
vantagens em jogar no interior.
Segundo ele, a torcida dos times
grandes que comparece aos estádios do interior é muito grande.
"Não há desvantagem, porque,
quando enfrentamos o Palmeiras,
por exemplo, a quantidade de torcedores é equiparada, e o estádio
fica dividido. Os grandes têm
muita torcida no interior."
Com as Regionais
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