São Paulo, domingo, 10 de março de 2002

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FUTEBOL

Decisão de ampliar o controle de dopagem foi anunciada em reunião do Comitê Executivo da entidade, na Suíça

Fifa inclui sangue em antidoping na Copa

DA REDAÇÃO

Além do controle da urina, os jogadores passarão a ser submetidos a exame de sangue para detectar eventuais casos de doping durante a Copa do Mundo deste ano, que será realizada no Japão e na Coréia do Sul, a partir do próximo dia 31 de maio.
A decisão foi anunciada oficialmente ontem em Zurique, na Suíça, onde foi realizada a segunda das duas sessões ordinárias do Comitê Executivo da Fifa.
Será a primeira vez em um Mundial que os atletas terão de se sujeitar a exames de sangue. Até então, o antidoping no futebol envolvia apenas a urina.
O presidente da comissão de medicina esportiva da Fifa, o belga Michel D'Hooghe, confirmou que, em cada partida da Copa, serão sorteados dois jogadores de cada equipe para o antidoping, como já ocorrera no Mundial da França, em 1998.
Com a decisão de instituir o controle sanguíneo, a Fifa passou a adotar o mesmo procedimento da UCI (União Ciclística Internacional), que já realiza o exame desde 1997, e pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), que o utilizou nos Jogos de Inverno de Salt Lake City, no mês passado.
Na última Copa, a principal novidade da Fifa havia sido a inclusão oficial da maconha na lista das substâncias proibidas. Antes disso, os estatutos da entidade não previam punições severas aos jogadores que fizessem uso desse tipo de entorpecente.
Outra inovação foi a permissão dada aos juízes e representantes da Fifa em campo de pedir teste antidoping de qualquer jogador. Dois atletas por equipe, assim como será mantido na Copa deste ano, eram sorteados.
Ao final da competição em que a França se sagrou campeã, derrotando o Brasil, a Fifa anunciou que todos os testes haviam registrado resultado negativo.
Segundo a entidade máxima do futebol mundial, aproximadamente 35% dos 704 atletas que disputaram aquela Copa foram submetidos a exames.
No Mundial anterior, em 1994, nos EUA -no qual o Brasil conquistou o tetracampeonato-, Maradona havia sido suspenso por 15 meses por ter sido detectada em sua urina, após jogo contra a Nigéria, uma concentração de efedrina acima do permitido.


Com agências internacionais

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